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sábado, 6 de setembro de 2014

Área de florestas intactas diminuiu 8% em 13 anos e 25% dessa área fica na região amazônica

Mais de 104 milhões de hectares de florestas intactas foram perdidos nos últimos treze anos e 25% dessa área fica na região amazônica, que engloba Brasil e países vizinhos. No Brasil, 15 milhões de hectares foram degradados nesse período, afirma um estudo do Greenpeace, em parceira com a Universidade de Maryland e da ONG Transparent World, divulgado nesta quinta-feira (04/09).
A pesquisa analisou imagens de satélite do programa Landsat, da Nasa e do Serviço Geológico dos Estados Unidos, feitas entre 2000 e 2013. A comparação dos dados mostra que houve uma diminuição de 8,1% na área de florestas intactas, ou seja, regiões de ao menos 500 quilômetros quadrados que não sofreram alterações causadas pelo homem.
“É incrível o ritmo de destruição de nossos recursos naturais. Precisamos urgentemente de mais áreas protegidas, onde o homem não possa destruir”, afirmou Jannes Stoppel, especialista em florestas do Greenpeace.
A área destruída equivalente a três vezes o tamanho da Alemanha. Os biomas mais atingidos foram as florestas boreais e tropicais, justamente as que concentram 95% das áreas intactas. A maior parte da degradação, ou seja, 47%, foi registrada na taiga, no Canadá, Rússia e Alasca.
Estradas trazem destruição
A construção de estradas – tantos as legais quanto as ilegais – que atravessam essas regiões é a principal responsável por essa destruição. Queimadas também foram outro fator que contribui significativamente para a redução.
“Assim que surge a estrada, surge também o fogo e aumenta a ação do homem na região. Esses aspectos são fundamentais para a redução de florestas intactas”, reforçou Stoppel em entrevista à DW Brasil.
As florestas cobrem cerca de um quarto do planeta, mas apenas 0,08% da superfície terrestre é coberta por regiões intactas, que abrangem também lagos, mata nativa, pastagem, pântanos e rochas. No Brasil restavam, em 2013, cerca de 233 milhões de hectares de florestas intactas, afirma o relatório.
Essas áreas são fundamentais para a conservação da biodiversidade, além de diminuir os impactos das mudanças climáticas. Segundo Stoppel, já foi observado um aumento no risco de queimadas devido às alterações no clima.
“Nossa avaliação mostra de forma surpreendentemente clara o crescimento da pressão sobre as florestas. Nós precisamos reaprender a valorizar as florestas intactas. Elas são o lar de inúmeras espécies de animais e plantas, elas regulam o clima, limpam o ar e a água e são a base de vida para muitas populações”, disse Stoppel.
Para combater essa perda, a organização pede que governos nacionais protejam mais esses locais, por meio da criação de reservas de proteção. Além disso, o Greenpeace também sugere que consumidores contribuam para preservar essas regiões, reduzindo o uso de papel e de produtos oriundos de madeira.
Matéria de Clarissa Neher, da Deutsche Welle, DW.DE,

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