A estética dos cangaceiros era anos-luz mais bem elaborada do que a dos "artistas" atuais; aliás, é bom que ressalte os que ocupam a grande mídia, não se pode dizer que não tenhamos artistas, novos ou velhos eles existem e não são valorizados, como a paraibana Lucy Alves que cantava desde criança e só foi reconhecida ao participar em um programa da Globo; mas se falarmos das "bandas de forró" no nordeste ou do "sertanejo universitário" no sudeste veremos essa constatação: vestes fuleiras, bonezinho, modo de se apresentar diante do público com danças ridículas, Lampião inventou o xaxado no meio da caatinga; não se pode dizer que sejam artistas, nestes tempos a arte foi colocada no baú e o lixo é que tem que ser tido como "arte", quando mais horrendo melhor.
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| Apresentação de grupo de Xaxado |
No livro Estrelas de Couro: A estética do cangaço, Frederico Pernambucano de Mello, levanta as características e preocupações estéticas do Bando de Lampião, mostra como se preferia o risco militar a elaborar as vestimentas e os acessórios, embora não seja dos que concordem que eram "heróis"; na "música", não existe estética, a "estética" e ser sem estética, basta que venda e ponto.
| Aviões do Forró |
Aviões do Forró não elabora nada, sua "fama" foi construída apenas pelas corporações midiáticas que participam nos lucros da banda, é contraestético, a feiura das letras e do "espetáculo" físico e de causar desespero em quem considera a arte como um atributo próprio de todas as sociedades.
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