Pode isso se tornar algum tipo de praxe? Um ciclo dialético
Quando os sujeitos levam uma vida sem firmamento em nenhuma atividade que permita contemplação e se entrega a uma infinidade de agitações até que sofram um baque muito sério e dessa maneira encontrem junto a uma seita religiosa o seu ancoradouro ele pode vir a trilhar dois caminhos: o do herege ou o do fundamentalista.
O herege se desvia da ideia central e usa-a somente para si, o que não quer dizer que não deseje nos outros, mas não é impositor, aceita a diferença; já o fundamentalista não tolera mais o não ser da ideia acolhedora, até seu passado pode ser usado para a condenação, todos os outros agora terão que seguir sua "verdade" adquirida.
Na conjuntura social se costuma dizer que uma era tida por "progressista" é sucedida por outra extremamente conservadora, parece ser da libertinagem que surge a justificação para os discursos reacionários.
Na complexidade Edgar Morin ensina que se deve progredir aprendendo também a conservar, o que não significa apenar discursar a transformação, mas fazê-la sem negar que a era anterior tem seus grandes feitos.
E o discurso para a transformação não pode ser cego, falado sem visualizar o que dele pode vir como reação.
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