Comunidades que vivem no limite alimentar ou até mesmo com dificuldades em virtude de fatores naturais/climáticos tendem a ter um zelo maior com relação ao desperdício de alimentos, geralmente nessas culturas se condena moralmente quem desperdiça o mínimo que seja ou reclamam da qualidade da comida, existe uma espécie de sacralização do alimento, assim era e ainda continua a ser nas comunidades rurais do Brasil.
Já onde prevalece a abastança é comum a troca constante na alimentação e acima e o mais chamativo fator o desperdício. Nossa sociedade urbana é altamente desperdiçadora, não só de alimentos, como também de outros bens. No estilo americano, por exemplo, a roupas valem somente por estações, inclusive, em regiões que não em estações climáticas definidas se faz isso.
Estudo da FAO intitulado: Os Rastros do Desperdício de Alimentos: Impactos sobre os Recursos Naturais analisa os efeitos do desperdício de alimentos global, a partir de uma perspectiva ambiental, focando particularmente em suas consequências para o clima, uso da água e do solo e biodiversidade.
O documento informa que, a cada ano, os alimentos produzidos, mas não consumidos, utilizam um volume de água equivalente ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, e são responsáveis pela emissão de 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta. Além destes impactos ambientais, as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos (sem incluir peixes e frutos do mar) atingem o montante de 750 bilhões dólares por ano, de acordo com as estimativas do estudo da FAO.
A sociedade produz muito alimento mas não consegue resolver o problema alimentar global; bastante conhecido é o dado da ONU dando conta de que 1 em cada 7 habitantes do planeta passam fome.
Na medida em que aumentarmos a capacidade de consumo das pessoas em toda a terra aumentará o desperdício? Dados já dão conta de que para consumirmos nos padrões americanos seriam necessários alguns planetas extras, portanto, entra, como mais uma pauta, na conta da educação global o controle desse "ímpeto" de somente controlar o desperdício quando há necessidade.
Outra questão é: em uma utópica sociedade que não conhecesse a carência, seguindo essa lógica, não saberia fazer controles? É preciso faltar alimento para 1 a cada 7 para pelo menos chamarmos atenção para tal fato?
Com ONU
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