Quem está com o dinheiro da Indústria da seca? - Blog A CRÍTICA

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sábado, 18 de outubro de 2014

Quem está com o dinheiro da Indústria da seca?

Uma grande lacuna no Nordeste é para onde foi os recursos da Indústria da seca e suas obras inúteis que não tinham fim, por que a fonte de lucro era a seca em si aliada da alta de infra-estrutura de convivência.

O Rio Grande do Norte tinha até os anos 2000, uma ausência de eletricidade nas comunidades rurais absurdas, eu vivi em uma comunidade rural do município de Caicó-RN, onde, a luz elétrica só chegara em 2005. Mas o mais impressionante eram as farras com essa obra, volta e meia se iniciava a abertura dos caminhos pelo mato onde passariam as redes e tudo desaparecia; o hoje senador e então governador do estado por dois mandatos (1982-1986, 1990-1994) José Agripino Maia instituiu o programa Energia do Pau Amarelo, fracasso total, que na maioria das comunidades se restringia a uma tábua amarela em cima das casas que não acendia nada.

Outra obra fatal era a substituição de casas de taipa, eu também vivia em uma, e como a energia se dizia "agora vem", mandava-se pedras há um mês da eleição e nada da obra.

Eram estados predatórios, conforme ensina o sociólogo espanhol Manuel Castells, uma casta usa-o para enriquecer, e como tudo é muito recente os mesmos são grandes empresários e mandam nesses estados até hoje.

Somente a partir dos anos 2000 a organização dos movimentos sociais na ASA Brasil, articulação do semi-árido, conseguiu barrar essa farra substituindo as bestiais frentes de trabalho por obras de convivência, como as cisternas e técnicas de produção familiar. A última indústria no RN que eu presenciei foi em 1998 onde, o hoje ministro da previdência social, Garibaldi Filho, era o governador do RN.

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