Agora há pouco vi um sujeito conversando com uma mulher e dizia para a mesma: "Você está no RN (Rio Grande do Norte) e não no PB (Paraíba), você está no RN e não no PB; agora desça para Jardim do Seridó (Cidade o RN, quanto menor maior a compra de votos descarada em virtude da pouca fiscalização) lá tem caba que botou 2 mil conto no bolso".
Não é segredo para quem tenha possibilidades de refletir um pouco acerca do Brasil; se não faz isso, empregar os parentes e amigos na Administração e comprar votos, é um fraco; há vários usos possíveis para essa constatação; é claro que se pudéssemos fazer uma comparação histórica deduziríamos a intensidade nisso e por exemplo 30 anos atrás.
Agora, hoje choca muito mais, reforça nossa outra constatação repetida ao extremo de que necessitamos de um revolução educacional; o país padece de depravação cultural criada pela precariedade da educação e perde desenvolvimento humano e social por este motivo; isso todos sabemos.
O voto amanhã aqui no RN, apesar de esperar para verificar alguma surpresa e não poder negar "avanços", mas ele ainda será podre, na base do espetáculo imundo nas ruas e na cruel compra de votos dos que somente visualizam o benefício particular imediato e efêmero na maioria dos casos, muitas vezes até com o que era direito seu.
Alain Touraine é o sociólogo que escreve sobre uma concepção de direitos a ser colocada na pauta dos novos movimentos sociais, para ele as divergências neste século tenderão a ser postas acima do social, por exemplo globalização x ecologia, mas os direitos voltam como pautas universais de resistência.
No nosso caso os direitos devem ser colocados na pauta máxima dos novos grupos de luta contra as oligarquias anacrônicas; nossa concepção apolítica de favores e relações pessoais é o que emperra o debates de interesse público; a nossa formação social é "utilitarista", uma forma de utilitarismo que atua contra a cidade.
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