O Brasil vive um momento de golpe? - Blog A CRÍTICA

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O Brasil vive um momento de golpe?

Em política os líderes não perdem o momento que lhes sabem favorável, neste momento colocam em prática a retórica adaptada, usando como o combustível, na era da mídia de massas, o escândalo midiático. O sociólogo espanhol Manuel Castells defende a tese da "Política dos escândalos" e afirma categoricamente que nenhum partido forte deixa o poder desde a década de 1990 a não ser por um escândalo.

A questão do Golpe no Brasil é relacionado ao que se chama intervenção militar e que ocorreu há 50 anos; outro é o impeachment, tendo como referência o de Collor há pouco mais de 20 anos; então, quem pressiona uma saída do PT do governo pode ter como referência um desses dois  fatos.

A América Latina ainda não têm regimes democrático consolidado como os países europeus ou os Estados Unidos, deixando de lado as discussões a respeito das plutocracias nestes países; no Paraguai o presidente Fernando Lugo foi destituído por um golpe branco (impeachment), um processo sumário armado; mas já supera  a "etapa" do Golpe Militar, ou seja, as elites golpistas não tiveram, nesse caso do Paraguai, mais cinismo para usar o método golpista militar. Em Honduras a destituição de Manuel Zelaya foi de forma mais agitada. Somente Cuba não permite funcionamento de mais de um partido.

Penso que o Brasil vai tendo uma maior autonomia do Judiciário, com o Ministério Púbico e a Polícia Federal tendo uma forte atuação no combate à corrupção, inclusive, sendo pauta das manifestações em 2013 a defesa dessa faculdade para o MP; embora tenhamos comportamento de membros do judiciário que representam nitidamente de casta, como auxílios ou autoritarismos do tipo sabe com quem está falando.

O Golpe dado por militares seria algo impressionante e fora de previsão se ocorresse no Brasil; o impeachment poderia ser em virtue de um escândalo envolvendo o chefe do executivo com um arranjo político.

Sempre se há uma forma de manter o regime, ninguém cede poder atoa; diz-se que nos Estados Unidos se assassina o presidente, algo semelhante a Roma. O Brasil de hoje é "preservado", nitidamente, pela coalizão; o que mantém um sistema corrupto, troca de favores. Não temos, ainda, a capacidade  de ter um governo, no sentido de ser formado por quem se elegeu.

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