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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Ataques contra educação de meninas são cada vez mais comuns

Relatório do Escritório de Direitos Humanos da ONU destaca que em cinco anos, ações violentas ocorreram em 70 países , como Afeganistão, Paquistão e Nigéria; a maioria com o objetivo de negar o acesso de garotas à escola.
Igualdade de gênero na educação. Foto: ONU Mulheres/Gaganjit Singh Chandok
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Um relatório divulgado esta segunda-feira pelas Nações Unidas aponta para o aumento dos ataques contra meninas que frequentam a escola. Entre 2009 e 2014, atos violentos ocorreram em pelo menos 70 países, a maioria tendo como alvo garotas, pais ou professores que defendem a igualdade de gênero na educação.
O estudo, produzido pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU, destaca que apesar de progressos, "meninas ainda enfrentam mais obstáculos para poder usufruir de todos os seus direitos, incluindo o acesso à educação".
Malala
Em alguns países, as ações são cada vez mais comuns. Em dezembro, um ataque do grupo Talibã matou mais de 100 crianças numa escola em Peshawar, no Paquistão.
Em 2012, no mesmo país, o grupo confirmou ser o responsável pelo atentado que quase tirou a vida da estudante e ativista Malala Yousafzai. A jovem de 17 anos foi uma das ganhadoras, no ano passado, do Prêmio Nobel da Paz.
O relatório cita também "vários incidentes de envenenamento e de ataques com ácido contra alunas no Afeganistão". Na Índia, em julho de 2013, estudantes de uma escola cristã foram raptadas e estupradas.
África
Na África, o grupo Boko Haram mantém sequestradas, há quase um ano, um grupo de quase 300 estudantes da Nigéria.  Já na Somália, em 2010, integrantes da milícia Al-Shabab retiraram à força estudantes de escolas, que foram obrigadas a tornarem-se "esposas" dos combatentes.
El Salvador, Haiti, Indonésia, Iraque, Mali, República Democrática do Congo e Síria são alguns dos outros países onde houve casos de violência sexual contra professoras e alunas.
Mais Violência
O relatório nota que a violência demonstra a fragilidade do acesso, da adaptação, da aceitação e da qualidade da educação para todos. O Escritório de Direitos Humanos lamenta que os ataques enviam a pais e responsáveis um sinal de que as escolas não são locais seguros.
Retirar meninas da escola por medo da violência abre margem a outras violações de direitos humanos, como o casamento infantil e forçado, violência doméstica, gravidez indesejada, tráfico e exploração sexual, aponta o documento.
São feitas diversas recomendações aos governos, incluindo medidas imediatas para garantir acesso eficiente à educação de qualidade para todas as alunas, mesmo durante crises ou conflitos.

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