Desemprego cai em 2014 na América Latina mas subirá em 2015 informa OIT

CIDADE DO MÉXICO - A Organização Internacional do Trabalho (OIT), anunciou hoje que a taxa de desemprego urbano na América Latina e no Caribe se comportou de maneira "atípica", em 2014, ele continua a cair apesar da desaceleração econômica, mas advertiu que o crescimento lento já começou a impactar o mercado de trabalho. 

"A maior preocupação é que se está criando menos empregos", disse o Diretora Regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, afirmando que os indicadores trabalhistas enviam "sinais vermelhos" embora o desemprego continue baixo. 

Tinoco apresentou na Cidade do México a edição 2014 do Visão geral do Trabalho para a América Latina e Caribe, que salienta que a taxa de desemprego urbano é de 6,2% para o terceiro trimestre de 2014 e vai fechar este ano em 6,1%, ante 6,2% em 2013. "Estamos falando de quase 15 milhões de pessoas desempregadas." 

O relatório da OIT anual salienta que as previsões de crescimento econômico para este ano foram revistas para baixo, para 1,3%, de acordo com o FMI, enquanto em 2015 subirá moderadamente para 2,2%. 

Embora o desemprego não haja aumentado devido à desaceleração do crescimento, se tem notado uma forte redução na geração de emprego refletido na taxa de ocupação, que caiu 0,4 pontos percentuais, para 55,7% no terceiro trimestre de 2014. "Estamos a falar de que deixou-se de gerar um milhão de postos de trabalho", disse Job Diretor da OIT. 

O comportamento atípico do desemprego, que baixou, em vez de subir, foi explicado pelo relatório da OIT, como consequência da saída de pessoas da força de trabalho, o que se refletiu em uma queda da taxa de participação, o que permitiu atenuar os efeitos a queda na geração de empregos. 

Esta baixa taxa de participação significa que "muitas pessoas, em sua maioria mulheres e jovens, deixou de receber renda para suas famílias." 

De acordo com a OIT em 2015 a taxa de desemprego urbano subirá até dois décimos, podendo chegar a 6,3%, o que significa que haverá cerca de 500 mil desempregados a mais na região.

OIT