Ezequiel Ferreira assume "os trabalhos" - Foto AL-RN |
Depois de ter sido adiada ontem (Domingo 01-02) a eleição para a escolha do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para o biênio 2015-2016, finalmente esta veio a se realizar hoje depois de acordo para a apresentação de Chapa única, na verdade nome único com o bolo fatiado para os demais cargos, de onde o Deputado Ezequiel Ferreira (PMDB) veio a se eleger.
A AL-RN tem uma vocação inominável para a babaquice e esse simples fato de conseguirem acordar os interesses corporativos de todos os ilustres deputados foi motivo para considerarem como "um dia histórico", onde, prevaleceu a união; ora, todos sabemos que aquela casinha é um espaço para bajulações e feita por pessoas que herdaram os cargos ou já mantêm uma trajetória de mandatos há décadas, com raríssimas exceções.
Aliás, o deputado que tomou posse lembrou logo os 50 anos da saída do mesmo cargo por seu pai; outros que assumem o 1º mandato lembraram os mandatos de seus pais ou avós. O Rio Grande do Norte é o estado em que política é coisa de família; geralmente os eleitos para o Congresso Nacional são de 2 ou 3 clãs e na AL a uma concentração de mandatos hereditários.
Mas essa Assembleia Legislativa é medonha, hoje Getúlio Rego elogiando seu "rival" político José Dias, ambos com mandatos que ultrapassas as duas ou três décadas, chamou este último do mesmo que "sacar dinheiro na boca do caixa e levar o dinheiro no bolso"; é assim que funciona aquilo, tem que se fechar e tratar de haver qualquer disputa política por que há uma identidade de grupo entrelaçando todos.
E não trata temas de forma contundente, sempre é na base da retórica falsa e com fins de obtenção de benefícios pessoais; "deputado" no RN atua como "obreiro", aquele que puxa o saco do governo e distribui esmolas.
A eleição de Ezequiel não representa história, espírito de união, ou nada do tipo, representa o nome que acordaram para organizar as adulações e aprovar os empréstimos que o executivo pedir.
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