Ontem ocorrera mais um atentado motivado por vingança contra supostas "blasfêmias" contra o Islã, desta vez o ataque se deu em Copenhague na Dinamarca, poucos dias depois do ataque ao Charlie Hebdo que provocara uma onda mundial de discussões acerca da validade da publicação de charges do Profeta Maomé.
O Papa Francisco, um do líderes mais respeitados no memento, foi um dos que se posicionaram contra as charges, a ele se somaram outros intelectuais e pessoas do Mundo inteiro: Je Suis Charlie x Je No Suis Charlie.
Um documentário produzido após a publicação das primeiras charges que geraram repercussão em 2005 gerou a produção do documentário Charges Sangrentas onde os produtores conversam com os dois lados. O interessante é que os líderes islâmicos rechaçam a Democracia Ocidental.
Eu sou dos que defendem a publicação das Charges por entender que o diferencial do Ocidente foi a luta através dos séculos do direito de "blasfemar" e aprender a conviver com o diferente, embora tenhamos tido massacres de intolerância perverso não posso dizer que houve falha total nesse sentido.
Se o Ocidente não tivesse passado por esse processo hoje a Igreja Católica queimaria "blasfemadores", os protestantes perseguiriam outros hereges conforme ordenara Lutero e eu não poderia escrever o que o Califa não quisesse.
É claro que o Ocidente não tem o direito de impor Democracia ao Mundo Árabe ou nações arrasadas na África de forma que não é ensino e sim imposição por motivos econômicos como já ocorrera e depois o próprio Ocidente implantara ditadores perversos os destronara em seguida e restou o caos a estas regiões, como o Líbia agora.
Mas creiamos que o Mundo Árabe, não acredito que a Primavera Árabe tenha sido em vão, apesar dos bonapartismos e sangue derramado na sequência, pode sim buscar o laicismo dos seus Estados, embora seja algo muito distante, mas não pode querer que o Ocidente depois de tudo não possa blasfemar com intolerantes.
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