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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ranking da Repórteres sem Fonteiras coloca o Brasil entre os países pior classificados na América Latina

O Brasil ficou na 99ª posição no ranking de liberdade de imprensa. A colocação é melhor do que a obtida em 2013. Apesar da melhoria, o Brasil continua atrás de países sul-americanos como o Uruguai (23ª posição); Suriname (29ª); Chile (43ª); Argentina (57ª); Guiana (62ª); Peru (92ª); e Bolívia (94ª).

O Brasil ficou na 99ª posição no ranking de liberdade de imprensa divulgado quinta-feira (12) pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com a análise das condições de trabalho para a imprensa em 180 países.

A colocação representa um ganho de 12 posições em relação à 111ª posição que o país ocupou no ranking de 2013. Apesar da melhoria, o Brasil continua atrás de países sul-americanos como o Uruguai (23ª posição); Suriname (29ª); Chile (43ª); Argentina (57ª); Guiana (62ª); Peru (92ª); e Bolívia (94ª).

Com posição pior que a do Brasil estão o Equador (108ª), Paraguai (109ª), Colômbia (128ª), Venezuela (137ª) e México (148ª).

No relatório, a RSF comenta que o Brasil perdeu o título de país mais mortífero do Ocidente para jornalistas, assumido atualmente pelo México, que ocupa a 148ª posição no ranking geral de liberdade de imprensa.

No ano passado, dois jornalistas foram assassinados no Brasil por motivos diretamente relacionados ao seu trabalho, enquanto três foram mortos no território mexicano.

A Repórteres sem Fronteiras ressalta que "a segurança dos jornalistas e a concentração da propriedade da mídia nas mãos de poucos, no entanto, continuam sendo os principais problemas".

O relatório também lembra que muitos atos de violência contra jornalistas foram cometidos durante a onda de protestos que tomou as ruas do país. "Um relatório da Secretaria de Direitos Humanos em março de 2014 sobre a violência contra jornalistas enfatizou a participação das autoridades locais e condenou o papel da impunidade na sua repetição constante."

De acordo com a RSF, 69 jornalistas foram assassinados em todo o mundo em 2014, dez a menos do que em 2013. Em 2015, apenas em janeiro, 13 jornalistas foram mortos em crimes ligados diretamente a suas atividades profissionais: oito na França, funcionários do periódico Charlie Hebdo, e cinco no Sudão do Sul. 

Agência Brasil

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