Causos matutenses - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Causos matutenses

A onça e o soldador de panela:

Uma vez ia  para o poço amazonas onde ficava as mangueiras e os cajueiros e no caminho recebe o orientação do soldador de panelas para que não fosse tendo em vista existir uma onça no poço; mesmo assim fui, obviamente, ver uma onça seria no mínimo novidade numa caatinga onde os maiores animais selvagens são os guaxinins. Pois bem, a onça o que era: como o poço estava com água apenas  um pouco acima do fundo, devido ser um período de profunda estiagem, a distância até atingir a parte superior do reservatório possuía alguns metros sendo superada por um carretel artesanal, bastante pesado, uma corda presa a um balde (tambor) de zinco, como faltasse força ao senhor, o retorno do balde cheio ao fundo, a onça, quase lhes arrebenta o queixo.


Aprender andar de moto:

As motos Honda substituíram os jumentos e os burros no sertão nordestino, para ser sincero, na verdade, quem primeiro cumpriu essa missão foram as bicicletas, o sertanejo, dono de uma resistência muscular sem precedentes se tornara ciclista de fôlego, no entanto a moto, mota, troço a motor, poupa as canelas; difícil era aprender a andar na bicha e escapar de quedas, tinha caba que ficava nervoso diante da incrível potência daquelas máquinas e não aprendia nem a pau. Presenciei um desses casos raros, no comum um motoqueiro já treinado vai na carona dando instruções ao novato, só que esse era renitente, então deram-lhe a moto para ele guiá-la sozinho, que fatalidade, o nervosismo fez com quê disparasse a moto em boa velocidade, sem olhar direção, embora mantivesse o caminho, sumiu no mundo, minutos depois, sabe-se lá como enrolou a moto na própria estrada e voltou para onde tinha partido, quase atropela um pé de pereiro e uma cerca de arame até aos gritos lhe mandarem tirar a mão do acelerador...


O juiz e o apito:

Jogo ali era sem árbitro, quando se aceitava a marcação feita pelo próprio sujeito passivo do ato infracional suposto tudo bem, quando não acabava-se o jogo, uma vez o caba das panelas arrumou um apito num pacote de pipocas na feira na cidade e decidiu que ia apitar o jogo, isso no sábado; no domingo, começa o jogo e o juiz começa a apitar e não para mais, por um momento os atletas nem deram atenção, depois um se exaltou e foi o único caso futebolístico onde os jogadores expulsaram o juiz de campo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages