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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Banco Mundial: cada vez mais latino-americanos têm acesso a ensino superior

Em novo estudo, instituição aponta que há cada vez mais estudantes e universidades na região, mas qualidade educacional ainda precisa melhorar
20 milhões de alunos frequentam 10 mil instituições em toda a região. Foto: Banco Mundial
Mariana Ceratti, de Brasília*, para a ONU News.
O Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira relatório mostrando que, na década passada, o número de estudantes de ensino superior da América Latina e Caribe quase dobrou. O percentual de jovens entre 18 e 24 anos de idade matriculados no ensino superior aumentou de 21% em 2000 para 40% em 2010.
Hoje, 20 milhões de alunos frequentam mais de 10 mil instituições em toda a região.
Importante
Segundo o documento, estudantes de baixa e média renda cada vez mais tëm acesso ao ensino superior. Em 2000, os mais pobres representavam apenas 16% dos universitários da região. Treze anos depois, esse percentual passou a 25%.
Esse dado é importante porque em média, na América Latina, um profissional com curso superior pode ganhar mais do dobro de um que tenha apenas o ensino médio.
A má notícia é que apenas a metade dos universitários da região se forma. E, entre os que abandonam os estudos, metade faz isso no primeiro ano do curso. O número indica que ainda há muito a fazer em termos de qualidade do ensino.
Desistência
Entre as causas dos altos índices de desistência, o relatório aponta o despreparo acadêmico, devido em parte à baixa qualidade da educação média, e a falta de bons sistemas de financiamento para os estudantes de baixa renda.
O estudo ainda destaca que a América Latina e o Caribe hoje contam com mais instituições privadas de ensino superior. Hoje, elas formam 50% do mercado, contra 43% em 2000. Contudo, apenas 10 dessas escolas estão entre as 500 melhores instituições de ensino superior do mundo, um número superior apenas ao da África.
Para melhorar esse quadro, o documento propõe melhorar a regulamentação e a supervisão dessas escolas. Além disso, gerar e divulgar informações sobre o desempenho das instituições e dos cursos, para que os alunos possam fazer escolhas bem informadas.
Finalmente, o relatório enfatiza que não basta formar bons profissionais: é preciso conectá-los ao mercado de trabalho e criar ambientes de negócios preparados para aproveitar o potencial desses trabalhadores.
*Reportagem do Banco Mundial Brasil

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