por Wagner Torres

A delação da JBS joga por terra a operação do IBGE de manipular as séries estatísticas para evidenciar um crescimento do PIB no 1º trimestre de 2017. E, principalmente, joga por terra a Reforma da Previdência, a qual reduziria o forte impacto de insustentabilidade da politica fiscal.
Além disso, hoje o Banco Central deverá aumentar significativamente as operações de swaps cambias para segurar o dólar efeito do clima de instabilidade política, a qual deverá pressionar significativamente o dólar, ou seja, o Brasil que sempre foi o paraíso dos especuladores com a delação da JBS interrompe o processo de redução da taxa SELIC e, principalmente resultará em um alto custo social e fiscal para para o país em razão que paralisa a principal reforma do ex- Presidente, Temer, que era a Reforma da Previdência.
Assim, a aprovação da PEC do teto do gasto aprovada em 2016 se reflete que o Brasil não é um país administrado para amadores, mas sim para políticos corruptos que nunca tiveram interesse em reduzir a nossa gigantesca dívida social com 50 milhões de miseráveis e pobres.
Se a delação da empresa Oderbrecht teve o poder em conjunto de bombas de Hiroshima e Nagasaki a delação do Diretor da JBS teve o mesmo poder, ou seja, o Japão se reergueu em apenas 20 anos se tornando a segunda economia desenvolvida.
O Brasil, terra abençoada por Deus e bonito por natureza, deverá permanecer por muitos anos como gigante adormecido em razão que seus Presidente, Deputados e Senadores só tiveram e continuam tendo objetivos de manter os seus privilégios através de um sistema de corrupção bem estruturado.
A Operação Lava Jato mostra a sua importância para desmontar o esquema de corrupção da Nova República, entretanto o seu poder de criar novas condições de tirar o país de um cenário de depressão econômica, abismo fiscal e convulsão social é muito reduzido quando se avalia a dimensão da sangria das contas externas efeito serviço da dívida no montante de US$ 100 bilhões em 2017 aliado ao vazamento de renda no que se refere despesa de juros paga pelo setor privado de R$ 585 bilhões em 2016. E o que avaliar de uma receita corrente apropriada pelo setor público consolidado correspondente a 41,67% do PIB em 2015 a não ser que resulta em um modelo de semi-escravidão, o qual se reflete em reduzida capacidade de geração de riqueza real e uma elevada capacidade de geração de riqueza financeira fictícia resultado do nosso sistema endógeno de corrupção através do financiamento de dívida pública de R$ 4,6 trilhões em março de 2017.
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