Dois lusófonos fazem parte do grupo; em entrevista à ONU News, chefe da Organização Internacional do Trabalho em Nova Iorque afirmou que Comissão vai analisar o impacto de mudanças estruturais sobre o mercado de trabalho.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, anunciou nesta segunda-feira em sua sede em Genebra a criação de uma Comissão Global sobre o Futuro do Trabalho.
O grupo é liderado pela presidente das Ilhas Maurícios, Ameenah Gurib-Fakim, e o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven. A comissão tem 28 integrantes, incluindo a brasileira Claudia Costin e o guineense Carlos Lopes.
Mudanças estruturais
O chefe da OIT em Nova Iorque, Vinícius Pinheiro, falou com a ONU News sobre a iniciativa.
"A Comissão vai analisar o impacto de mudanças estruturais sobre o mercado de trabalho. Que mudanças são essas? São principalmente mudanças na área tecnológica, mudanças na área demográficas, em alguns países com aumento no número de jovens, outros com aumento no número de idosos, mudanças climáticas, que têm um efeito sobre a estrutura produtiva, e a própria globalização, como se organizam as cadeias produtivas e as cadeias de valor."
A Comissão produzirá um relatório independente sobre como alcançar um futuro do mercado de trabalho que forneça oportunidades de empregos decentes e sustentáveis para todos. O documento será submetido à conferência centenária da OIT em 2019.
"E uma mensagem que é bastante forte que vem já das primeiras discussões entre os co-presidentes é que o futuro do trabalho não é alvo já determinado, que vai acontecer independentemente da nossa vontade. Que nós temos capacidade de conduzir as transformações, a incorporação da tecnologia no mercado de trabalho de uma maneira que seja melhor para todos (…) Então, esse é um grande aporte que se espera da Comissão, um futuro do trabalho com justiça social."
Justiça social
A criação da Comissão faz parte da iniciativa da OIT sobre o futuro do trabalho lançada em 2013.
Segundo a agência, o grupo vai abordar a "questão fundamental de como um mundo do trabalho que está se transformando rapidamente pode ser organizado para que responda aos valores de justiça social".
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