O perigo jacobino - Blog A CRÍTICA

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

O perigo jacobino

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Luiz Rodrigues

Ao aproximar-se das eleições gerais de 2018 já se apresentam os projetos jacobinos-sebastianistas de salvação da pátria. Para uns se o seu ídolo não for eleito nos tornaremos todos presas fáceis dos grandes monstros  da economia; para outros o seu ídolo virá para esmagar toda a corrupção, o que outrora já fora tarefa do primeiro e nem é mais.

Resultado de imagem para sebastianismoPor muito tempo a grande doutrina do homem público partia da noção do mundo como um teatro, o sujeito público consiste em uma atuação, as esferas da vida pública e da vida privada mantêm-se separadas. A etimologia da palavra pessoa (latim persona) remete à mascara dos atores gregos ou a um instrumento de voz usado com  objeto de atuação, conforme diferentes interpretações.

A grande ruptura moderna na versão do ser político, para Aristóteles os homens em assembleia defendem coisas para o público que seriam incapazes de fazer privadamente, vem com os jacobinos, numa noção de ser político puro e único, o chefe jacobino e redentor completo, não atua na esfera política ele é a própria verdade política.

O jacobinismo extingue a multiplicidade de sujeitos, somente a chefia do partido combinado com a doutrina utópica, que pode sofrer qualquer distorção desde que a chefia conceda, para Fernando Pessoa contradoutrina, se torna aceitável, se forma um rebanho massificado fora do qual tudo é expurgo.

Jacobinismo é tirania.  Salvadores na pátria não existem nem existirão em 2018. Serão eleitos 27 governadores, 27 colegiados legislativos das unidades da Federação, ninguém consegue num único partido pelo sistema partidário brasileiro 2/3 do Congresso, se conseguisse seria nocivo à democracia.

A hora não é de jacobinismos, mas sim de sensatez para que não corramos o risco de ver um colapso do sistema econômico e termos que assistir nas ruas pessoas tendo que comer cachorros como ora ocorre na Venezuela; numa economia moderna nenhum investidor ou empresário perde tempo com inutilidades utópicas, ou se vive o mundo que temos egoisticamente construível ou todos os sonhos utópicos vêm em forma de fome e sofrimento.

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