O Brasil na encruzilhada venezuelana - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O Brasil na encruzilhada venezuelana

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Um argumento alarmista dos eleitores de Bolsonaro para os que não votam no Capitão é que caso ele não ganhe o Brasil se tornará "uma Venezuela", e, se tornar uma Venezuela é mesmo algo terrível, o vizinho sul-americano é hoje um país destruído, sob a violência de uma ditadura bestial, com sua economia em ruínas e o povo a morrer de fome. O fato é que o Brasil, sob risco de crise fiscal e consequências inflacionárias, possui uma economia muito mais diversificada do que a venezuelana, baseada na exportação de petróleo e possui uma sociedade civil que não se permitiu ser homogeneizada por um longo governo de um partido centralizador e hegemônico.

A previsível e pior situação que poderia ocorrer para o Brasil seria um segundo turno entre Bolsonaro e Lula, em forma de Haddad, o que se confirmou depois da primeira votação ocorrida neste último domingo (07). A semente da tragédia foi plantada e a Venezuela é um bom cenário. Para os eleitores de Bolsonaro a Venezuela só pode estar do outro lado, mas para quem ver a polarização como a possibilidade de um abismo escuro com possibilidades terríveis para o país a Venezuela serve para os dois candidados, como se Hugo Chavez tivesse se dividido em dois para disputar o segundo turno do Brasil.

O Chavez petista se refere à similaridade entre o PT e o PSUV, ambos partidos hegemônicos e como toda organização partidária desta natureza poderoso risco à democracia, o PT, no entanto, não teve no Brasil um ingrediente essencial na América Latina para tiranizar um país da região, as Força Armadas, pois bem, Chavez era militar e, para instaurar um regime no país do norte da América do Sul loteou o poder com as FFAA venezuelanas, como bom aprendiz de Fidel Castro, dessa maneira, o Chavez militarista é Bolsonaro, que há muito promete um ministério militarizado e que diante de uma falta de governabilidade com o Congresso, ou só mesmo por uma vontade autoritária, pode fazer o mesmo, lotear o Brasil num modelo de Estado Militar-Empresarial e dar vazão ao uso do Estado para perseguir opositores políticos, como fizera Chavez naquele país.

Somente a Sociedade Civil do Brasil pode nos afastar do autoritarismo político e da crise econômica que pode ser desencadeada pela agudização da crise política que perdura há pelo menos quatro anos; o Brasil rejeitou o macronismo e agora terá que demonstrar que a democracia se tornou aqui um valor insubstituível.

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