Ar-condicionado que não gasta energia - Blog A CRÍTICA

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terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ar-condicionado que não gasta energia

Revestimento laminar vai esfriar edifícios e casas sem gastar energia

Além de simples e barato, o revestimento poderá ser facilmente instalado em casas e edifícios.

refrigeração passiva cada vez mais mostra que essa técnica, que causou estranheza e ceticismo a princípio, não veio para brincadeiras.
Um novo revestimento simples e potencialmente barato promete resfriar edifícios e casas sem gastar energia.
Também conhecida como refrigeração radiativa, a técnica envia o calor para o espaço irradiando luz infravermelha numa faixa para a qual a atmosfera terrestre é transparente.
Agora, Lyu Zhou e colegas da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah, na Arábia Saudita, desenvolveram um emissor radiativo na forma de um filme polimérico adequado para revestir edifícios e casas, eliminando ou diminuindo muito a energia elétrica gasta em sistemas de ar-condicionado.
Já existem vários protótipos que usam o resfriamento radiativo para controlar a temperatura de edifícios, incluindo filmes fotônicos planares multicamadas, metamateriais híbridos e aerogéis. O objetivo maior agora é simplificar o projeto reduzir o custo desses sistemas de ar-condicionado que não gastam energia.
Por isso, Zhou usou uma estrutura bicamada feita de alumínio e polidimetilsiloxano (PDMS), um elastômero transparente amplamente utilizado em robótica mole.
"O PDMS apresenta uma absorção muito alta na faixa da 'janela atmosférica' da Terra e baixa absorção na faixa de comprimento de onda visível solar. Essas propriedades o tornam um material ideal para o resfriamento radiativo", explicou Jianwei Liang, membro da equipe.
Revestimento para esfriar prédios
Para fabricar o filme, os pesquisadores usaram um processo de revestimento laminar para primeiro revestir a superfície de uma folha de alumínio com uma camada de PDMS, e depois uma lâmina dosadora para controlar sua espessura. A estrutura foi aquecida em um forno a cerca de 60 graus Celsius por duas horas para concluir o processo.
Como o material mostrou-se eficiente, mas fortemente afetado pelo ambiente em que era instalado, a equipe desenvolveu um abrigo especial, que direciona a radiação térmica para o céu.
Isso permitiu alcançar uma redução de temperatura diurna de 6,5 graus Celsius no ambiente externo.
"Nós estamos trabalhando agora na estrutura óptica do filme, para aprimorar seu resfriamento radiativo, bem como sua aplicação em condensação de vapor e resfriamento de água," disse Jianwei.

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