Só o número de casos prováveis de dengue teve um aumento de 599% em relação ao ano passado, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
Aedes aegypti. Provavelmente, você já ouviu esse nome. É o mosquito transmissor de doenças que podem matar: dengue, zika e chikungunya. Esse mosquito costuma ser frequente em períodos chuvosos, quando se reproduz e deposita ovos em ambientes com água parada.
E a situação atual preocupa as autoridades de saúde. Só o número de casos prováveis de dengue teve um aumento de 599% em relação ao ano passado, segundo levantamento do Ministério da Saúde. Um salto de 180,2 mil casos, em 2018, para mais de 1,2 milhão, em 2019. De janeiro a agosto, 591 pessoas morreram em decorrência da doença no Brasil.
Além disso, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) aponta que, atualmente, 994 municípios brasileiros estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Essas cidades apresentaram índices de infestação predial maiores de 4% - taxa considera alta pelo ministério da Saúde. Outros 2,1 mil estão situação de alerta, com índices de infestação predial entre 1% a 3,9%.
Diante desse contexto, o Governo Federal alerta a necessidade de prefeituras e moradores intensificarem as ações de combate ao mosquito. Pois é de dentro de casa e do próprio quintal que pode surgir o perigo. A dona de casa Joelma Pereira, 30 anos, que o diga. Ela mora em Águas Lindas de Goiás, município com o sexto maior número de notificações de dengue no estado goiano, com 4,3 mil casos prováveis. Ela admite: “relaxou” algumas vezes nos cuidados contra o mosquito.
“Peguei dengue na minha casa mesmo, porque já estava começando o tempo de chuva, e comecei a sentir muita dor de cabeça, comecei a vomitar... E a minha mãe, pai, irmã e esposo tiveram dengue", afirma.
O caso de Joelma e família ressalta a importância do trabalho de prevenção ao mosquito. Essa ação deve ser feita todos os dias, dentro de casa, nas ruas ou no trabalho. O Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, explica um dos porquês do aumento nos casos de dengue neste ano.
“Tivemos, desde o ano passado, a reintrodução do sorotipo dois. A dengue é causada por quatro tipos de vírus muito parecidos: 1,2,3 e 4. Então, tem muita gente que não tem imunidade, nunca entrou em contato com o sorotipo dois. Então é preciso monitorar. Não tem cidade que possa dizer que está imune [à dengue]. E não é só uma coisa coletiva, esse mosquito é domiciliar. Ele é da casa e de volta da casa", conta.
E não precisa nem aguardar a chegada das chuvas para agir, viu? A prevenção já pode começar na sua casa, colocando areia nos vasinhos de plantas, fiscalização de tonéis, bacias e pneus encostados, e todo local que possa haver água parada.
Proteja sua casa. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.
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