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sábado, 23 de novembro de 2019

EUA pressiona Brasil para não fechar com o 5G da Huawei

Corrida empresarial para assumir o 5G no Brasil

O leilão do 5G no Brasil deve ficar somente para o final de 2020. Segundo a Anatel, muitas mudanças foram feitas no edital de leilão do 5G e com isso ele vai precisar de nova análise técnica e um parecer da Procuradoria Federal Especializada.
Mesmo assim a lista de empresas que podem assumir o equipamento deve ser divulgada com antecedência. Nessa lista já sabemos da presença da Huawei, que é a líder no setor, e ainda temos empresas como a Nokia e a Ericsson.

Boa relação Brasil/China pode ser a solução do 5G nacional

Brasil ainda não escolheu a empresa que será responsável pelo 5G no país, mas temos na Huawei a melhor escolha. A empresa chinesa está à frente de todos os concorrentes mundiais. Além disso, após reunião do BRICS no Brasil, realizada no início de novembro, a relação Brasil/China foi estreitada.
O presidente Jair Bolsonaro recebeu o presidente da China, Xi Jinping, no dia 13 de novembro desse ano e afirmou que a “China faz cada vez mais parte do futuro do Brasil”.
“O nosso governo vai, cada vez mais, tratar com o devido carinho, respeito e consideração esse gesto do governo chinês”, disse Bolsonaro, após a reunião. “Essa relação bilateral em várias áreas, inclusive com aceno de agregarmos valor ao que produzimos, é muito bem-vinda”, afirmou o presidente, ao lado de Xi Jinping.
Durante essa reunião foram firmados 8 acordos, sendo um deles, na área de inovação científica e tecnológica.

Pressão dos EUA podem emperrar acordo com líder do setor no Brasil

Segundo a Folha de São Paulo, representantes do governo Trump estão se reunindo com autoridades brasileiras para explicar suas preocupações com possível espionagem chinesa através de seus equipamentos. Entretanto, sabemos muito bem que China e EUA estão travando uma guerra comercial há alguns meses e que o governo americano vem aplicando severas sanções na Huawei.
O vice-secretário americano, Robert L. Strayer, ameaçou o Brasil caso país adquira a tecnologia chinesa para o 5G.
“A China tem uma lei de segurança nacional que exige que fornecedores cumpram determinações do Partido Comunista, sem a intervenção de um judiciário independente. A inexistência de um judiciário independente que possa ser acionado por empresas é diferença crítica entre o que há em democracias como Brasil e EUA e China”. Disse Robert L. Strayer a Folha de São Paulo.
Robert acrescentou:
“Nossa relação de compartilhamento de informações de governo com países aliados e parceiros, como o Brasil, é muito importante. Queremos manter a capacidade de compartilhar informações de forma franca e rápida. Mas nós avaliamos que é importante proteger essas informações privadas de governos ou do setor privado. Se essa informação é transmitida por canais que usam fornecedores não confiáveis no 5G, isso causa vulnerabilidades, e pessoas nas quais não confiamos podem se aproveitar”.
Segundo ele, caso o Brasil adquira equipamentos de “empresas consideradas não confiáveis”, os EUA irão “reavaliar a maneira como compartilhamos informações”.

Fonte: Webitcoin

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