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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Arco Norte põe Brasil com os pés no futuro

Conclusão da BR-163 vai intensificar um dos portos de conjunto estratégico do Ministério da Infraestrutura
Foto: Rafael Manzutti/Sinfra-MT
Vinicius Brandão
Cotidianamente, filas de caminhões ocupam quilômetros das vias de Itaituba, no Pará. Entre as carretas, toneladas de cargas esperam a vez de embarcar no Porto de Miritituba, que escoa para seis estados das regiões Norte e Nordeste. O que faz do município ponto fundamental do Arco Norte, grupo de portos estratégicos de projeto do Ministério de Infraestrutura.
Ao todo, são dez portos, mas Miritituba se destaca por permitir que a distribuição de grãos produzidos no Centro-Oeste possa ser passada de caminhões e trens para navios. O transporte fluvial permite uma economia de frete de até 40% em relação a portos do Sul e do Sudeste, que só podem ser feitos por carretas.
Porto de Miritituba vai escoar mais toneladas de grãos após inauguração da BR-163
Assim como o Arco Norte pode ser a porta para que os grãos brasileiros avancem no mundo, a BR-163 é a solução para um aumento de lucros. Com a pavimentação concluída em 28 de novembro deste ano, a rodovia passar a ser a melhor conexão dos produtores no Centro-Oeste com os portos que escoam o produto. “A logística do escoamento da safra de grãos do Mato Grosso até o Porto de Miritituba (PA) é um gargalo da infraestrutura do País”, aponta o ministro de infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Antes, a falta de asfalto em trechos da região Norte, onde chove constantemente, transformou a rodovia em um atoleiro para os veículos pesados. Na época de grande produção, Itaituba era a entrada de 700 a 1300 carretas por dia. “Esses transtornos ainda valiam a pena para o município. O desenvolvimento da nossa hidrovia gerou muitos empregos em Itaituba”, explica Antônio Kaiser, secretário de Agricultura e Abastecimento da cidade .
Kaiser conta que os serviços que atendem aos motoristas de carretas e às famílias locais conseguiram multiplicar os lucros. Borracheiros, hospedarias, restaurantes, mercados e até lojas de lavagem de roupas tiveram crescimento de renda com a circulação dos caminhões.

PROJETO-CHAVE

Porto de Santarém, no Pará
Atualmente, o Brasil exporta 40% dos cerca de 367 milhões de toneladas de soja produzidos no mundo. Os dados são do diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A estimativa é que o Mato Grosso produza 215 milhões de toneladas de grãos de soja (115 milhões) e de milho (99,984 milhões) em 2019. E a tendência é aumentar a produção.
Cálculos da empresa financeira da Holanda Rabobank preveem aumento do consumo de soja no mundo para 415 milhões até a safra 2028/29, com aproximadamente metade dessa produção suprida pelo Brasil.  Para permitir esses avanços econômicos, o Arco Norte deve exportar de portos nos Estados Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará e Rondônia. 

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