Euronews - Os 230 votos a favor no primeiro artigo bastavam para levar Donald Trump a julgamento, mas o Congresso acabou mesmo por aprovar as duas acusações para a destituição do presidente dos Estados Unidos.
Depois de 11 horas de debate, a Câmara dos Representantes, liderada pelos Democratas, decidiu que Trump deverá ser julgado pelo Senado, por abuso de poder e obstrução ao Congresso. Poucas horas depois, a sua representante, Nancy Pelosi, recorria ao Twitter para recordar ao presidente de que "ninguém está acima da lei".
A medida é tida como a última opção para lidar com crimes políticos graves. Será aplicada apenas pela terceira na história do país.
A resposta de Trump
A resposta veio do estado do Michigan, onde Trump deu um comício para deixar uma mensagem clara a Washington. O espírito deveria ser natalício, mas o presidente optou por adocicá-lo com desdém.
"Não sinto nada estarmos a ser destituídos. O país está melhor do que nunca, não fizemos nada de mal e temos um enorme apoio do Partido Republicano como nunca tínhamos tido, nunca ninguém teve este tipo de apoio", afirmou o presidente.
Já nas redes sociais, a mensagem passou a ser mais abrangente, com o presidente a dirigir-se a todos os americanos e a alertá-los para o processo que "não está a ir atrás" de Trump, mas sim dos eleitores em geral.
A base de apoio mantém-se confiante. Para quem está do lado de Trump, tudo não passa de uma manobra política para afastar o presidente da reeleição em 2020.
A fase seguinte
A destituição passa agora para a segunda fase do processo, o julgamento no Senado.
É esperado para janeiro, mas as expectativas são moderadas. Na câmara alta do Congresso, a maioria é Republicana, o que torna a destituição do presidente um cenário pouco provável.
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