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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Desocupação cai para 11,2% em novembro, com abertura de vagas no comércio

Em novembro, 378 mil pessoas passaram a trabalhar com carteira assinada - Foto: Adriade Souza/ Pref. Olinda

Agência de Notícias IBGE - As vagas temporárias abertas no comércio para fazer frente às datas comemorativas de final de ano contribuíram para a queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro. É a maior redução da série histórica, que se iguala ao trimestre encerrado em agosto de 2017 (-0,7 p.p). Com crescimento de 0,8%, a população ocupada chega ao recorde de 94,4 milhões de pessoas. Mesmo assim, mais de 11,9 milhões de pessoas ainda buscavam trabalho no país. Os dados são da PNAD Contínua de novembro, divulgada hoje pelo IBGE.
 

Taxa de desocupação (%)

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Brasilset-out-nov 2016dez-jan-fev 2017mar-abr-mai 2017jun-jul-ago 2017set-out-nov 2017dez-jan-fev 2018mar-abr-mai 2018jun-jul-ago 2018set-out-nov 2018dez-jan-fev 2019mar-abr-mai 2019jun-jul-ago 2019set-out-nov 20191111,51212,51313,5
Notas:
1 - Para "Situação da Variação em relação a três trimestres móveis anteriores (...)" e "Situação da Variação em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (...)":
'Z' indica significância estatística considerando 95% de confiança;
'A' indica ausência de significância estatística considerando 95% de confiança.

2 - A partir de abril de 2016, um aspecto do conceito de desocupação foi alterado de forma a se adequar inteiramente à 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho - CIET, realizada em outubro de 2013, sendo o questionário ajustado. Com a alteração desse aspecto, passam a ser considerados desocupados aqueles que conseguiram proposta de trabalho para começar após a semana de referência e que iriam começar a trabalhar em até 3 meses; os demais, isto é, aqueles que conseguiram proposta para começar a trabalhar após 3 meses da semana de referência, passam a ser contabilizados na população fora da força de trabalho. Anteriormente, eram considerados entre os desocupados todos aqueles que conseguiram proposta de trabalho para começar após a semana de referência, independentemente do tempo em que iniciariam o trabalho que conseguiram.

3 - A partir de 30 de abril de 2019, as estimativas da PNAD Contínua passaram a ser divulgadas com base na Projeção da População do Brasil e das Unidades da Federação–Revisão 2018, disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101597. Consequentemente, todas as estimativas da PNAD Contínua, produzidas no período de 2012 a 2019, foram recalculadas.
Em relação ao trimestre anterior, foram cerca de 785 mil pessoas ocupadas a mais no mercado de trabalho. No setor do Comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a 338 mil postos de trabalho gerados. Em segundo lugar ficou o setor de Alojamento e alimentação, com mais 204 mil ocupados, seguido por Construção, com 180 mil vagas.
Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017. “Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, explicou.
A queda na taxa de desemprego foi acompanhada por aumento de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria. No confronto com o trimestre de setembro a novembro de 2018, houve expansão de 1,6% (acréscimo de 516 mil pessoas).
A melhoria da carteira, no entanto, tem sido acompanhada pelo crescimento nos indicadores de informalidade. Por exemplo, foi registrado no trimestre crescimento de 1,2% dos trabalhadores por conta própria, ou seja, mais 303 mil pessoas se juntando ao contingente de 24,6 milhões de pessoas nessa posição. Com isso, a população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.
“Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, concluiu Adriana Beringuy.

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