Portal da Tropical - Cresce o número de empregos informais no Rio Grande do Norte, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD do IBGE. O nível é o mais alto desde 2016, ao todo são 635 mil pessoas trabalhando nessa condição. O desinvestimento nas áreas da indústria e da construção civil são os principais causadores da falta de empregos com carteira assinada e o motivo da busca por ocupações alternativas como abrir o próprio negócio, prestar serviços como motorista de aplicativos.
Segundo Flávio Queiroz, Analista do IBGE RN, em entrevista à TV Tropical, “não temos a mesma criação de empregos formais que no início da década passada por exemplo e principalmente por causa dos setores como a construção civil que tiveram uma perda de postos formais muito grande, a indústria também é um setor muito importante para criação de empregos formais como não vem criando emprego ano a ano, as pessoas migram para outros setores”.
Mas nem todo mundo consegue migrar do emprego com carteira assinada para a informalidade, adentrando portanto, ao contingente de desempregados que também cresceu no Rio Grande do Norte. A taxa de desocupação do estado em 2019 é de (12,6%), acima da média Nacional (11%) e menor que a média do Nordeste (13,6%).
Em números, o percentual representa um milhão e trezentas pessoas desempregadas. Novamente a indústria e a construção foram os vilões da falta de emprego. Os desinvestimentos no setor de petróleo no Rio Grande do Norte gerou um contingente muito grande de pessoas que tinham carteira assinada e passaram à informalidade ou simplesmente ficaram desempregadas”.
Jovens entre 15 e 29 anos ocupam a maior faixa de desempregados, “cerca de um terço de jovens que não trabalham e não estudam, não conseguem renda, e, para estudar é preciso ter algum dispêndio financeiro, nessa situação, eles acabam sem fazer nada”
Queda do desemprego
O Estado melhorou o índice de desemprego no último trimestre de 2019, saindo do percentual de (13,4%) para (12,6%), porém não tem uma relevância significativa para a estatística do IBGE. Flávio explica que considerando a margem de erro, o índice se mantém igual ao registrado no mesmo período em 2018.
O setor de serviço foi o que ajudou na redução da taxa de desocupados no estado, sendo ele o responsável por a maior taxa de criação de empregos formais.
A pesquisa revela que a média do salário do norte-rio-grandense está abaixo da nacional, em torno de R$ 1.700, enquanto no restante do país, o brasileiro com carteira assinada recebe em torno de R$ 2.000.

Nenhum comentário:
Postar um comentário