Mutilação Genital Feminina: Há 200 milhões de vítimas em todo o mundo - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Mutilação Genital Feminina: Há 200 milhões de vítimas em todo o mundo



Euronews - Neste dia 6 de fevereiro assinala-se o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Este crime, que consiste na remoção parcial ou total dos orgãos sexuais externos femininos, continua a ser praticado de forma crescente em vários países do mundo. A média anual de vítimas é de 4,6 milhões. O número pode ultrapassar os 60 milhões até 2030, segundo as Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde.
Estima-se que em todo o mundo existam 200 milhões de vítimas de mutilação genital
Quem conhece o terreno diz que há muito a fazer, que é o caso de Inês Leitão, diretora de um documentário que dá voz às vítimas desta prática.


Guionista do Documentário "Este é o meu corpo"
Inês LeitãoGuionista do Documentário "Este é o meu corpo"
"Depois de conhecer tantas mulheres vítimas deste crime, posso dizer que ainda há um longo caminho a percorrer.", conta Inês à euronews.
A diretora do "Este é o meu Corpo", realizado por Daniela Leitão, diz que a língua tornou-se numa 'barreira' no caminho da erradicação desta prática.
"Trabalhámos com muitas organizações e com mulheres de origem na Guiné-bissau, por exemplo, mas tenho medo de que estejamos a deixar para trás mulheres de origem senegalesa, da Guiné-Conacri, do Egito, etc., tantas outras mulheres que não falam português, e que, em virtude da língua, seja criada uma uma barreira que não está a ser ultrapassada.", diz Inês Leitão.


Uma barreira de milhões

A Organização das Nações Unidas admite que se gasta, anualmente, 1.27 milhões de euros em todo o mundo em esforços para pôr um fim à Mutilação Genital Feminina.
Segundo a agência da ONU, em alguns países, estes custos podem chegar aos 10% em média de todo o gasto anual em saúde. A organização admite também que há casos em que esse número chega a 30%.
A prática é legal em dez países em todo o mundo: Burkina Faso, Djibuti, Egito, Eritreia, Guiné, Mali, Mauritânia, Serra Leoa, Somália e no Sudão, onde 67% a 98% das mulheres com idades entre 15 e 49 anos são mutiladas.
Segundo os especialistas, a ilegalidade não evita que este ritual religioso ou social continue a acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages