Investing.com - O índice futuro do Ibovespa tem um novo início positivo no começo da jornada desta sexta-feira, avançando 8,67% aos 71.115 pontos, com o dólar recuando 1,41% a R$ 5,0238 às 09h13, seguindo o bom humor nos mercados acionários europeus e em Wall Street com os índices futuros. O índice EWZ, que segue as principais ações brasileiras, chegou a ter uma alta de 10% na pré-abertura em Nova York, mas diminuiu os ganhos para 7,43%.
As medidas de estímulo pelos principais bancos centrais e ministérios das finanças do mundo começam a influenciar na avaliação do risco do investidor, diminuindo a aversão ao risco presente nos mercados há cerca de um mês. Mesmo assim, prossegue a cautela com o avanço do coronavírus, com mais medidas de restrição sendo adotadas nos EUA.
- Cenário Interno
Mercado de Trabalho
O governo pretende pagar os primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador que tenha coronavírus no lugar do empregador, mas o anúncio efetivo dessa medida será feito em “futuro muito próximo”, afirmou o secretário-Executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que a cobertura desses gastos pelo governo será limitada ao teto do Regime Geral de Previdência Social, que está atualmente em 6.101,06 reais.
Estimativa do PIB
O Bank of America passou a estimar retração do PIB brasileiro em 2020, na sequência de outras instituições financeiras que também agora veem queda devido ao surto do coronavírus.
O BofA calcula que o PIB retrairá 0,5% em 2020, expressiva mudança ante o número anterior, que indicava crescimento de 1,5%.
Na América Latina, Venezuela (-20,0%), México (-4,5%) e Argentina (-3,0%) sofrerão os baques mais fortes. O Chile deve cair 0,7%, e a economia peruana ainda deve crescer 0,5%, segundo o banco.
“Chile, Peru e Brasil são os países mais sensíveis ao choque combinado China/commodities, mas ajustamos nossas previsões de crescimento de maneira geral”, disseram profissionais do banco em relatório.
Outras instituições financeiras já haviam cortado suas projeções para o PIB brasileiro nos últimos dias.
O JPMorgan espera recuo de 3,5% da economia no primeiro trimestre deste ano e um tombo de 10% no segundo trimestre, com a economia fechando o ano em contração de 1,0%. O Goldman Sachs baixou suas estimativas de expansão de 1,5% para declínio de 0,9% em 2020.
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