“Precisamos trocar uma despesa que atrapalha o crescimento econômico para despesa de investimento", afirma
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, antes de discutir a flexibilização do teto de gastos, é necessário reorganizar o gasto público brasileiro e melhorar a qualidade da despesa. Para ele, o que o País precisa é trocar o gasto corrente por despesas de investimentos para ter mais recursos para saúde, educação e segurança pública.
Para Maia, o gasto público não é produtivo, já que os recursos arrecadados não reduzem a desigualdade, e poderiam ser utilizados para melhorar a qualidade de vida das pessoas que realmente precisam do estado brasileiro.
“Precisamos trocar uma despesa que atrapalha o crescimento econômico para despesa de investimento. Não defendo abrir o teto [de gastos]. Abrir o teto pode e deve acontecer na parte de investimentos, depois das despesas correntes estarem organizadas”, defendeu Maia.
Bolsonaro e TSE
Maia foi questionado pela imprensa sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que a eleição de 2018, na qual ele foi eleito, foi fraudada. Rodrigo Maia afirmou que não vai “botar mais lenha da fogueira” e que o papel do Parlamento é ajudar o Brasil a não entrar em uma recessão.
“Vocês que cobrem Brasília, sabem o que o presidente vem dizendo. O que eu acho é que, se nós entrarmos nesse conflito, nós vamos ajudar a jogar o Brasil numa recessão, e não podemos ser parte disso”, afirmou.
“Por isso, que temos que ter a mesma paciência, o mesmo equilíbrio que o Parlamento teve no ano passado. Acho que esse tem que ser o mesmo objetivo, não podemos jogar lenha na fogueira porque vai colocar mais brasileiros na pobreza”, ponderou Maia.
Reformas
Rodrigo Maia disse que mantém a expectativa de que o governo encaminhe nos próximos dias as reformas administrativa e tributária, mesmo com atraso, mas destacou que elas sozinhas não vão resolver os problemas da economia brasileira. Segundo o presidente, elas ajudam na organização das despesas do estado, mas é preciso que o governo venha a público informar que ações pretende tomar no curto prazo para minimizar os impactos da crise.
Fonte: Agência Câmara de Notícias


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