Diretora-geral da agência da ONU, Audrey Azoulay, disse que os responsáveis têm de ser levados à justiça e lembrou que a proteção de profissionais da imprensa é essencial à liberdade de expressão.
ONU News - A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, condenou o assassinato do jornalista brasileiro, Lourenço Léo Veras.
Ele foi morto, em 12 de fevereiro, na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde trabalhava, perto da fronteira com o Brasil.
Ameaças de morte
Lourenço Veras dirigia o website Porã News e atuava como correspondente para vários meios brasileiros de notícia. Ele foi assassinado a tiros, dentro de casa, por homens armados e mascarados.
Segundo a mídia local, os assassinos invadiram a casa do jornalista na hora do jantar quando Veras estava acompanhado da esposa, do filho e outros membros da família.
No ano passado, o jornalista participou de uma entrevista de TV e chegou a relatar que estava recebendo ameaças de morte. A Comissão de Proteção dos Jornalistas afirma que a fronteira do Brasil com o Paraguai é uma das mais perigosas do mundo para profissionais da imprensa.
Liberdade
Em nota, a diretora-geral da agência da ONU, Audrey Azoulay, disse que os autores do crime têm de ser levados à justiça e punidos.
E acrescentou que a proteção dos jornalistas é fundamental para a defesa da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão.
Numa nota separada, Azoulay condenou o assassinato do jornalista somali, Abduwali Ali Hassan, na cidade de Afgoye, na região de Lower Shabelle, na Somália.
Ali Hassan trabalhava como freelancer para a rádio Kulmiye, em Mogadíscio, capital da Somália, e para a TV Universal, com sede em Londres, no Reino Unido.
Ele foi atacado, em 16 de fevereiro, por homens armados e morreu a caminho do hospital.
Medo e democracia
A chefe da Unesco pediu às autoridades somalis que protejam melhor os jornalistas. E afirmou que ataques à imprensa geram um clima de medo além de enfraquecer a democracia.
Para ela, é fundamental que as autoridades do país investiguem o assassinato e punam os culpados.
Num comunicado, emitido na semana passada, Audrey Azoulay, condenou o assassinato de uma radialista no México.
Teresa Aracely Alcocer, de Ciudad Juárez, comandava um programa semana sobre astrologia na rádio La Poderosa.
Ela foi morta por atiradores não-identificados, em 19 de fevereiro.
Conhecida como “Bárbara Greco” pelo público, a radialista foi alvejada mortalmente num cruzamento da cidade, que fica no estado mexicano de Chihuahua.
A chefe da Unesco disse que os crimes contra jornalistas e trabalhadores da mídia representam um ataque ao direito fundamental da liberdade de expressão e não podem ficar impunes.
Paquistão
Ainda na semana passada, a Unesco emitiu uma nota condenando o assassinato do jornalista Aziz Memon. Ele foi encontrado morto na cidade de Mehrabpur, na província de Sindh, no sul do Paquistão, em 16 de fevereiro.
O repórter da Kawish Television Network, KTN, chegou a reportar ameaças de morte.

Nenhum comentário:
Postar um comentário