Numa entrevista de 20 minutos à CNN Brasil a antiga aliada de primeira hora de Jair Bolsonaro, deputada Joice Hasselmann, fez graves acusações ao Presidente da República e seus filhos. A deputada afirma que Bolsonaro almejou ter acesso ao fundo eleitoral do PSL e que procurou intervir nas superintendências da Polícia Federal no Rio de Janeiro para blindar o filho Flávio Bolsonaro e em Pernambuco para tentar atingir a imagem do Presidente do PSL, Luciano Bivar.
Joice dedica a maior parte do tempo a afirmar que conhece o "gabinete do ódio" e que inclusive chegou a entrar em tal organização. A deputada afirma que o "Gabinete do ódio" funciona dentro do Planalto mas que têm ramificações em outros órgãos da Republica.
“Quando falo de 'gabinete do ódio', pensam naqueles que estão no Planalto, mas é muito mais do que isso, a equipe no Executivo é apenas a célula principal. Há ramificações dentro do Congresso, não só no gabinete do Eduardo Bolsonaro, mas outros ditos bolsonaristas estão envolvidos nisso. Há gente nas Assembleias Legislativas do Rio de Janeiro. Em São Paulo, há um enorme número de pessoas de movimentos de direita ganhando para atacar pessoas”.
Segundo Joice Hasselmann o "Gabinete do ódio é financiado com dinheiro público e com dinheiro privado. São feitas acusações gravíssimas, dentre elas a de tentativa de criação por Carlos Bolsonaro de uma "ABIN Paralela" para grampear pessoas e montar dossiês. A deputada diz que o Brasil vive um "regime de exceção" e fala em operações no Ceará, em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Diante das acusações de Joice de que Bolsonaro pretende transformar a Polícia Federal numa Gestapo e sabendo-se que há células bolsonaristas dentro das polícias militares se torna justificável a atitude do senador Cid Gomes em Sobral quando pegou a retroescavadeira e dizimou os motins policiais, o ato de Cid passa, diante das denúncias que denotam intenção de criar instituições totalitárias no Estado Brasileiro, de bestial a heroico.


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