SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nesta segunda-feira, com o Ibovespa avançando mais de 7%, na esteira do humor dos investidores mais favorável no exterior, em meio a sinais mais animadores sobre o ritmo de contágio do novo coronavírus.
Às 14h21, o Ibovespa subia 8,1%, a 75.166 pontos. O volume somava 11,8 bilhões de reais. A alta vem após o Ibovespa acumular na semana passada queda de 5,3%, ampliando a perda em 2020 para quase 40%.
O viés benigno nos mercados acionários globais encontrava apoio em informações recentes de desaceleração de números de casos e vítimas do Covid-19 em algumas regiões. O S&P 500 subia 4,4% nos Estados Unidos.
Na Europa, o número de mortes pelo novo coronavírus na Espanha diminuiu pelo quarto dia no domingo, enquanto a Itália registrou o menor número diário de mortes por Covid-19 em mais de duas semanas.
No fim de semana, o presidente norte-americano, Donald Trump, também expressou esperança de que os EUA estão passando por um "nivelamento" da crise de coronavírus em algumas das regiões do país, embora alguns de seus principais consultores médicos tenham adotado visão mais moderada.
Investidores, contudo, permanecem na defensiva, o que tem gerado grande volatilidade. "A percepção de todos é que ainda não há consenso de qual tamanho do estrago que teremos no PIB global e qual o tempo dessa recuperação, por este motivo ainda não há um piso de referência...apenas incertezas quanto à velocidade da recuperação da economia global", destacou o BTG Pactual (SA:BPAC11).
Em nota enviada pela área de gestão, o banco acrescentou que no Brasil, não há como definir ainda algum tipo de fundamento, mas que há uma percepção de que o "pânico" deve ter ficado para trás.
O Bank of América atualizou suas previsões para o mercado acionário na América Latina, incluindo corte na estimativa para o Ibovespa no final do ano a 76 mil pontos, de 87 mil anteriormente.



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