Apesar da crise mundial provocada pelo novo coronavírus, a qual vem impactando sobremaneira o mercado e os hábitos de consumo, há setores que têm se beneficiado na crise, como é o caso do comércio eletrônico, conforme aponta a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm.
Tanto é que na primeira quinzena de março houve um aumento de cerca de 35% nas compras on-line, se comparado com o mesmo período de 2019.
Esse aumento se dá por conta do distanciamento social, uma vez que na opinião do professor de Gestão do E-Commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter, Luciano Furtado Francisco, como as pessoas estão ficando mais tempo em casa, para não sair e aumentar o risco de contágio, elas preferem fazer as compras pela internet, desde produtos básicos (como alimentos e artigos de higiene) até brinquedos, roupas e acessórios pela internet. ‘‘As lojas virtuais que podem sair ganhando são aquelas que já faziam um trabalho de marketing eficiente. Em tempos de pandemia, elas podem fazer promoções para manter ou aumentar o fluxo de caixa, o que é fundamental para atravessar a crise’’, diz.
Segundo Francisco, grande parte desse aumento se deve ao isolamento social. Muitas pessoas que não tinham o hábito de comprar on-line, ou o faziam ocasionalmente, tornaram-se consumidores digitais mais regulares, especialmente no setor alimentício e de entretenimento. “Os aplicativos de delivery, por exemplo, vêm experimentando um grande crescimento desde o fim de março deste ano’’, afirma.
Abril
E o aumento também é confirmado pela empresa Compre&Confie, do ramo de inteligência de mercado focada em e-commerce, que afirma: o varejo digital brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em abril, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram realizadas 24,5 milhões de compras no último mês, um crescimento de 98% em relação ao mesmo período do ano passado.
As categorias que tiveram o maior crescimento em volume de compras foram: alimentos e bebidas (aumento de 294,8% em relação a abril de 2019), instrumentos musicais (+252,4%), brinquedos (+241,6%), eletrônicos (+169,5%) e cama, mesa e banho (+165,9%).
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