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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Depoimentos de Joice Hasselmann e Alexandre Frota embasaram decisão contra ‘gabinete do ódio’

Blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, o ‘Terça Livre’ foi alvo de busca e parlamentar deverá prestar depoimento no inquérito que apura organização criminosa responsável por disseminar ‘fake news’ contra a Corte



Painel Político - Os depoimentos de Joice Hasselmann e Alexandre Frota na CPMI das Fakenews foram usados para embasar a decisão do juiz Alexandre de Moraes nas diligências que foram realizadas nesta quarta-feira, no âmbito das investigações de ofensas e ataques contra o Supremo e criação de fakenews.

O relatório técnico da Polícia Federal identificou o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) como ‘influenciadores’ de divulgação de publicações com ofensas e ameaças ao Supremo Tribunal Federal. Em decisão, o juiz Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte, caracterizou o ‘gabinete do ódio’ como associação criminosa dedicada a ataques ofensivos, subversão da ordem e quebra da normalidade democrática.

Parte das diligências realizadas pela PF foram transcritas na decisão de Moraes e descrevem que, ao realizar buscas por palavras-chave no Twitter, os investigadores identificaram ‘a existência de um mecanismo coordenado de criação e divulgação das referidas mensagens entre os investigados’.


Os perfis utilizavam seus seguidores para criar hashtags que atacassem os juízes para então reproduzi-las em suas contas. Dessa forma, ficariam seguros de que não foram eles os responsáveis pela criação da hashtag. A PF também identificou indícios que as publicações sejam disseminadas por meio de robôs com objetivo de atingir números expressivos de leitores. A estrutura seria financiada por empresários que forneciam recursos ‘de maneira velada’.
A busca identificou, entre 7 a 11 de novembro do ano passado, publicações que utilizaram uma ou mais das seguintes palavras-chave: #impeachmentgilmarmendes, #STFVergonhaNacional, #STFEscritoriodocrime, #hienasdetoga, #forastf, #lavatoga, STF, SUPREMO, IMPEACHMENT, toffoli ou gilmar.
Em comum, ao menos onze perfis ‘influenciadores’ que se seguem e se compartilham nas redes foram identificados, incluindo o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e o deputado federal Filipe Barros. Santos foi alvo de buscas e apreensões enquanto o parlamentar foi intimado a depor em até dez dias perante a Polícia Federal.
Diagrama com as contas ‘influenciadoras’ em relação aos perfis de Allan dos Santos e Filipe Barros. Foto: Reprodução
Para explicar a atuação do grupo, a PF utilizou como exemplo o período em que as contas cobraram impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, em novembro do ano passado. De acordo com as diligências, os onze perfis ‘influenciadores’ não necessariamente utilizaram uma hashtag para direcionar o ataque escolhido, ‘valendo-se muitas vezes de seus seguidores para criar uma hashtag e impulsionar o ataque’.
“Assim, os perfis influenciadores não apareciam como criadores da hashtag que simboliza o ataque”, aponta a PF.
Leia a reportagem completa no Estadão 

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