Yahoo Notícias - Em entrevista à revista norte-americana Time, o ex-ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, disse que não entrou no governo de Jair Bolsonaro para servir a um mestre. "Eu entrei para servir ao país, à lei", falou o ex-juiz da Lava Jato.
Segundo a revista, que também mencionou as demissões dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, Moro também disse que se sentiu “desconfortável” em fazer parte de um governo cuja liderança não levou a sério o novo coronavírus.
"O Brasil é uma democracia firme. Suas instituições às vezes sofrem alguns ataques, mas estão funcionando. E há uma percepção crescente na opinião pública de que nós precisamos fortalecer os pilares da nossa democracia, incluindo o estado de direito. Esses desejos continuam, apesar das circunstâncias do momento", disse Moro. O ex-ministro também pontuou ser difícil analisar se tem o mesmo ponto de vista de Bolsonaro sobre o que é corrupção. Moro também foi evasivo a respeito da possibilidade de concorrer às eleições de 2022.
Moro afirmou ter ofertas de emprego de universidades para se tornar professor novamente. "Não tenho como voltar e assumir meu papel de juiz novamente. Perdi isso para sempre", disse. "Tenho que me reinventar de alguma forma", pontuou.
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