Chefe da Comissão Econômica para América Latina e Caribe, Cepal, diz que países precisam investir em soluções de proteção social, pois mundo jamais será o mesmo após crise global.
ONU News - As bases do modelo de desenvolvimento da América Latina e do Caribe devem ser repensadas após a crise de saúde global causada pela Covid-19.
A proposta é da secretária-executiva da Cepal, a mexicana Alicia Bárcena. Ela fez a declaração durante uma reunião com mais de 200 representantes da sociedade civil da região.
Proteção
Bárcena afirmou que a Covid-19 expôs problemas estruturais econômicos assim como falhas no sistema de proteção social da América Latina e do Caribe.
Segundo a chefe da Cepal, o mundo jamais será o mesmo. Por isso, os países latino-americanos e caribenhos precisam reavaliar todas as dimensões econômicas, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável.
Alicia Bárcena lembrou que antes da atual crise, a América Latina e o Caribe já estavam crescendo a um ritmo lento e com altos índices de pobreza, desigualdade e conflitos sociais.
Mulheres e crianças
Os representantes da sociedade civil manifestaram preocupação com os direitos das mulheres, crianças, pessoas com deficiência, indígenas, migrantes, refugiados e outros grupos vulneráveis.
A Comissão reafirmou seu compromisso com a implementação da Agenda 2030, de desenvolvimento sustentável, apesar dos desafios impostos pela pandemia.
Analistas estimam que os efeitos da pandemia devem levar à maior recessão da região desde as crises de 1914 e 1930.
Pobreza
À projeção de crescimento negativo de 5,3% somam-se mais 12 milhões de desempregados pela pandemia. O aumento de pessoas vivendo na pobreza é de 30 milhões.
Alicia Bárcena disse ser fundamental que os governos mantenham programas de transferência de renda para assistir os afetados.
Ela defendeu um sistema universal de proteção social baseado em direitos e estratégias para inclusão laboral, e a necessidade de um pacto social.
A Cepal acredita que a Covid-19 deve servir de alerta pra um novo modelo de produção e consumo que priorize o bem-estar socioeconômico não deixando ninguém pra trás na meta de se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.
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