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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Mercado de Trabalho: Indicadores mostram diminuição do pessimismo e cautela em junho

Apesar da segunda alta consecutiva do IAEmp, o resultado ainda é o terceiro menor da série histórica e precisa ser interpretado com cautela. A melhora do indicador sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás



FGV - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 14,0 pontos em junho, para 56,7 pontos, recuperando no bimestre maio-junho 33% das perdas do bimestre março-abril. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 8,6 pontos, para 46,4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008.
“Apesar da segunda alta consecutiva do IAEmp, o resultado ainda é o terceiro menor da série histórica e precisa ser interpretado com cautela. A melhora do indicador sugere uma diminuição do pessimismo sobre o mercado de trabalho nos próximos meses, e que o pior momento parece ter ficado para trás. Contudo, a alta incerteza sobre o controle da pandemia e sobre o formato dessa recuperação econômica ainda são fatores que causam preocupação e podem limitar a continuidade do movimento de recuperação dos empregos.”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,2 pontos em junho, para 97,4 pontos, após avançar 7,7 pontos de março a maio. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve aumento de 1,7 pontos para 98,5 pontos.
“Mesmo com o resultado positivo em junho, o indicador se mantém em patamar elevado sugerindo que ainda não é possível imaginar um cenário de melhora na taxa de desemprego no curto prazo”, continua Rodolpho Tobler.
Todos os sete componentes do IAEmp subiram em junho, após chegarem ao fundo do poço em abril e acomodarem em maio. Os indicadores subiram acima dos 17 pontos, com Emprego Previsto e Situação Atual dos Negócios na Indústria variando 24,2 e 20,7 pontos, na margem, respectivamente.
No mesmo período, a queda do ICD foi influenciada por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00 e pela classe até R$ 2.100, cujo Emprego Local Atual (invertido) variou positivamente em 3,5 e 2,8 pontos na margem.
O estudo completo está disponível no site.

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