Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, diz que crise tem impacto arrasador na prestação de outros serviços de saúde; Américas concentram mais de 9,7 milhões de casos e 365 mil mortes.
ONU News - A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, afirmou esta terça-feira que a América Latina e o Caribe “permanecem sob forte controle” da pandemia de Covid-19.
Em 3 de agosto, as Américas tinham mais de 9,7 milhões de casos e 365 mil mortes, com uma tendência crescente.
Paradoxo
Falando a jornalistas, em reunião virtual, a diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, disse que “a América Latina enfrenta um paradoxo de saúde pública.”
Segundo ela, por um lado, “muitos países estão notificando números recordes de novas infecções, um sinal claro de que o vírus ainda está se propagando rapidamente.” Por outro lado, “há uma pressão crescente para abrir economias, escolas e continuar a vida.”
Apesar desse desafio, Etienne acredita que “os países devem evitar pensar numa escolha entre reabrir economias e proteger a saúde e o bem-estar de seu povo.”
Situação
Quase todos os países da Mesoamérica estão testemunhando picos. No Caribe, as nações controlaram surtos iniciais, mas a maioria registrou novos casos e deve permanecer vigilante ao reabrir suas fronteiras.
Na sub-região andina e no Brasil, existe uma tendência geral crescente. O Chile apresentou um grande pico em maio e junho e está em declínio desde então. A Argentina, no entanto, relata um aumento nas províncias menos populosas, fora da capital, Buenos Aires.
Diferenças
O vice-diretor-geral da Opas, o médico brasileiro Jarbas Barbosa, respondeu a uma pergunta sobre as diferenças entre a evolução da pandemia na Europa e na América Latina e Caribe.
Para ele, “o padrão de transmissão é distinto”, porque países como Itália, França e Alemanha tiveram “uma explosão muito forte, seguida por medidas implementadas que foram muito efetivas, e conseguiram controlar o pico após três ou quatro semanas.”
Na América Latina, ele diz que “as mesmas medidas foram importantes para reduzir o crescimento da taxa de transmissão, mas não atingiram o nível de eficácia necessário para achatar a curva.”
Segundo ele, com base em observações feitas em outros países, o pico em vários países da região deve acontecer em agosto. Ele incentivou os governos a continuarem a trabalhar, para assumir o controle da transmissão ainda esse mês.



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