Especialistas da Comissão Econômica das Nações Unidas para a região diz que performance não será suficiente para recuperar os níveis pré-Covid-19; contração deste ano deve ser de -7,7%.
ONU News - Um relatório sobre as projeções de crescimento da economia da América Latina e Caribe indica que o próximo ano deve ser de recuperação da Covid-19.*
Nesta quarta-feira, a Comissão Econômica da ONU para a região, Cepal, divulgou o Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2020, indicando que 2021 deverá registar uma subida de 3,7%.
Problemas históricos
A taxa, no entanto, não será suficiente para a recuperação da pandemia, que levou a uma contração de 7,7% este ano.
No lançamento virtual, em Santiago do Chile, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, lembrou que antes da pandemia, a região apresentava uma trajetória de baixo crescimento. Mas as consequências da Covid-19 fizeram da América Latina e Caribe a região mais afetada no mundo em desenvolvimento.
Segundo Bárcena, esta é a pior crise econômica dos últimos 120 anos.
Mesmo com incentivos fiscais e auxílio temporário, a população continua sofrendo as consequências econômicas, que para a Cepal são agravadas por causa dos problemas históricos e estruturais da região.
Especialistas da agência acreditam que a recuperação do nível do Produto Interno Bruto, PIB, deve se dar apenas em 2024.
Inovação
A Cepal acredita que a melhora dependerá de fatores como distribuição das vacinas, estímulos fiscais e a recuperação do setor produtivo. Uma outra aposta da agência são mais investimentos em formas sustentáveis de produção que levem a mais emprego e inovação tecnológica.
América Latina e Caribe são conhecidos por ser a região com mais desigualdade em todo o mundo, uma situação agravada com a pandemia.
A Cepal espera que a América do Sul cresça a uma taxa de 3,7% no próximo ano e a América Central, 3,8%.
O crescimento deve ser levemente mais alto para o Caribe com 4,2%.
A agência da ONU voltou a defender políticas fiscais e monetárias “expansivas junto com políticas ambientais e industriais que permitam as transformações estruturais de que a região necessita e promovam um desenvolvimento sustentável.”
*Com reportagem da Cepal, Brasília.

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