O Brasil registrou em maio um déficit nominal nas contas públicas de 37,4 bilhões de reais, informou hoje o Banco Central.
Apesar do resultado negativo, a dívida bruta brasileira caiu para 84,5% da Produto Interno Bruto (PIB) do país, totalizando 6,7 trilhões de reais, o que representa uma redução de 1,1 ponto percentual face a abril e o menor nível em quase um ano.
O alto valor da dívida pública do Brasil é um dos indicadores que mais preocupa as agências de classificação de risco, já que, segundo dados do Fundo Monetário Internacional, a dívida bruta de outros países emergentes não ultrapassa 50% do PIB.
Nos primeiros cinco meses do ano, o déficit nominal, produto da diferença entre as receitas e despesas do setor público brasileiro e que inclui os governos central, estadual, municipal, empresas estatais e o pagamento de juros da dívida, atingiu 75 bilhões de reais, montante equivalente a 2,19% do PIB brasileiro.
Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em maio, o déficit nominal do Brasil atingiu 724,2 bilhões de reais, o que equivale a 9,14% do PIB, mas representa uma redução face ao déficit de 827,2 bilhões de reais acumulado até abril passado.
O Brasil fechou o ano de 2020 com déficit nominal equivalente a 13,70% do PIB, o pior resultado desde 2001 e quase o triplo do resultado negativo registrado em 2019 por conta do aumento dos gastos, que coincidiu com uma retração econômica de 4,1%.
Quanto ao resultado fiscal primário, que não inclui o que o Estado destina para pagar os juros da dívida pública, registrou déficit de 15,5 bilhões de reais.
Apesar do resultado mensal, o Banco Central destacou que no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as contas públicas registraram excedente primário de 60,3 bilhões de reais, o que aponta para uma lenta recuperação da economia brasileira após o colapso em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus.
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