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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Carlos Bolsonaro é citado como chefe de organização criminosa em ação

Família Bolsonaro: a rachadinha ronda a todos


O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, segundo filho do Presidente Jair Bolsonaro, foi descrito no despacho de um juiz como suposto chefe de uma organização criminosa numa investigação de corrupção, informou hoje o portal de notícias UOL.


O ‘site’ teve acesso à decisão do juiz Marcello Rubioli, da 1.ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que autorizou a quebra de sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro, na qual o magistrado descreveu existirem "indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado" no gabinete do filho do Presidente brasileiro e acrescentou que "Carlos Nantes [Bolsonaro] é citado diretamente como o chefe da organização".


Carlos Bolsonaro é investigado por suposta prática de peculato, conhecido popularmente como ‘rachadinha’, que consiste na entrega ilegal de parte dos salários de assessores parlamentares em troca da manutenção do emprego.


O filho do Presidente Jair Bolsonaro também é suspeito de ter nomeado funcionários fantasmas em seu gabinete na câmara dos vereadores da cidade do Rio de Janeiro.


Além de Carlos Bolsonaro, a justiça também está a investigar a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle.


O portal UOL informou hoje que o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado ao Governo Federal, identificou duas movimentações suspeitas na conta de Ana Cristina Valle em operações que coincidem com as datas em que vendeu em 2011 um conjunto de cinco terrenos.


O Coaf identificou, pelo menos, dois depósitos de dinheiro em espécie que totalizaram 532,2 mil reais.


A descoberta ocorreu porque Ana Cristina Valle foi alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário já que é investigada junto com Carlos Bolsonaro pela suposta prática de peculato no período de 2001 e 2008, quando foi chefe de gabinete do vereador e filho do Presidente brasileiro.


Flávio Bolsonaro, senador e filho mais velho do Presidente brasileiro, também é investigado por peculato desde 2018 quando o Coaf descobriu movimentações atípicas em contas bancárias de um ex-assessor seu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Fabrício Queiroz.


O próprio Jair Bolsonaro é suspeito de ter participado num suposto esquema de desvio de dinheiro público no seu gabinete quando era deputado federal no Congresso brasileiro.

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