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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Grupo Guararapes investe em produção de algodão no RN


A informação é do empresário Gabriel Rocha Kanner, neto de Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes, em seu perfil no Instagram, em que escreveu:


- O projeto Agro-Sertão, do @institutoriachuelo, tem um objetivo audacioso: retomar o cultivo de algodão no RN. O estado já chegou a ter 400.000 hectares de algodão, e hoje é praticamente zero. O “ouro branco” pode voltar a ser uma fonte de renda para as famílias do interior. Vamos em frente, com fé e trabalho!


Pois bem 


O algodão começa a retomar força em todo o mundo, e o Brasil acompanha esse fortalecimento. 


Segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), nos últimos anos o “Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o primeiro lugar em produtividade em sequeiro”.


Diz também que o solo brasileiro vem se figurando também “entre os maiores exportadores mundiais. O cenário interno é promissor, pois estamos entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma”.


Histórico


O Nordeste foi pioneiro na produção algodoeira no século XVIII. Nos anos 1960 do século 20, pipocou o boom do algodão nordestino, beneficiado por conjunturas externas, principalmente devido a Guerra de Secessão EUA. 


No RN, a produção de algodão ocupou lugar de destaque nacional entre 1960 e 1980. Tempo em que o chamado “ouro branco” chegou a responder por 40% da arrecadação de ICMS, gerando emprego para milhares de potiguares, especialmente nos municípios de Afonso Bezerra, Pedro Avelino, Angicos, São Tomé e João Câmara, segundo a Emparn. 


Foi responsável por expandir linhas férreas de mais de 500 quilômetros em solo de potis-desenvolvidos, por onde escoavam a produção das usinas algodoeiras.


Nos anos 1970, o Nordeste foi o maior produtor nacional de algodão. No RN eram plantados dois tipos de algodão: o arbóreo (mocó) e o herbáceo. O mocó foi o que melhor se adaptou aos sertões, diante das raízes serem profundas, ficando mais resistente à seca; e por maior resistência  às pragas.


Até que chegou a praga que dizimou tudo. A chamada praga do bicudo.

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