O Brasil acumulou um déficit fiscal de 302,8 bilhões de reais, entre janeiro e outubro deste ano, uma queda de 67% face ao mesmo período de 2020, divulgou hoje o Banco Central.
Entre janeiro e outubro de 2020, as receitas e despesas somadas do Governo central, administrações regionais e municipais e empresas estatais brasileiras acumulou um saldo negativo recorde de 919,4 bilhões de reais, o que representou 15,06% do Produto Interno Bruto (PIB).
O déficit nas contas públicas brasileiras acumulado nos dez primeiros meses deste ano é menor do que no mesmo período de 2019, ou seja, antes da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, quando o saldo negativo acumulado foi de 337,5 bilhões de reais , montante equivalente a 5,50% do PIB brasileiro.
A melhoria significativa nas contas públicas do país deveu-se à recuperação da economia em 2021, ano para o qual se espera um crescimento de 4,78% do PIB, após a retração histórica de 4,10% registrada em 2020 devido à crise gerada pela pandemia de covid-19.
Além de um forte aumento da arrecadação de impostos devido à reativação das atividades econômicas, o Governo brasileiro reduziu os elevados gastos que alocou no ano passado para aliviar as consequências da crise sanitária, incluindo o valor dos subsídios que distribuiu entre os mais pobres e os gastos com saúde para a aquisição de vacinas.
A crise do ano passado fez com que o Brasil encerrasse 2020 com um déficit histórico nas suas contas públicas de pouco mais de um trilhão de reais, montante equivalente a 13,63% do PIB do país.
O déficit de todo o setor público brasileiro nos últimos 12 meses até outubro, por outro lado, caiu para 398,7 bilhões de reais, o que corresponde a 4,72% do PIB.
Se a atual política de ajuste fiscal for mantida nos últimos dois meses do ano, o Brasil pode encerrar 2021 com déficit fiscal inferior ao de 2019, que foi o menor registrado desde 2013, quando o saldo negativo foi equivalente a 2,96% do PIB.
O Banco Central brasileiro divulgou ainda que a dívida bruta do setor público brasileiro era em outubro de 7 trilhões de reais, equivalente a 82,9% do PIB.
De acordo com o órgão emissor, a queda de 5,9 pontos percentuais na relação entre dívida e o PIB até agora neste ano deveu-se principalmente ao crescimento da economia, que fez com que essa relação diminuísse em 10,6 pontos percentuais.
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