Nos últimos anos, a possibilidade de resgatar o cultivo de algodão no semiárido nordestino, cultura que durante alguns ciclos gerou a maior parte das receitas desses estados abrangidos na porção setentrional do Nordeste, tem sido alvo de muitas iniciativas, tanto no campo da pesquisa quanto da execução prática.
Para que isto ocorra é fundamental o uso da ciência, já que no último ciclo, quando a cultura era absolutamente rudimentar toda a produção fora dizimada pela praga do bicudo, que é tranquilamente controlável. Destaque-se a Embrapa algodão de Campina Grande.
No Rio Grande do Norte, principalmente na região do Seridó, que tem sua história vinculada ao cultivo do algodão e que entrou em decadência justamente depois do final do último ciclo da cotonicultura na década de 1980, começa-se a tomar medidas para se experimentar uma retomada. O Instituto Riachuelo desenvolveu um projeto que deve já plantar algodão agroecológico em 2022.
O IFRN, Campus de Caicó, agora anunciou um projeto de extensão para divulgar conhecimento a respeito do cultivo do algodão agroecológico colorido, segundo informa o portal da Instituição: "O trabalho irá criar mídias sociais para o tema, disseminando esse conhecimento. Os alunos irão criar desde o perfil nas redes sociais, passando por etapas como pesquisa do tema, estratégias de publicação, criação do conteúdo, e divulgação de resultados de uma pesquisa, feita ao mesmo tempo que o projeto, envolvendo os alunos e seus orientadores. Os alunos irão criar vídeos e postagens, divulgar trabalhos científicos e tudo baseado em ciência, com orientação do corpo docente do curso técnico têxtil. Espera-se que os alunos, possam atingir um público externo de alunos, potenciais alunos, agricultores da região e uma comunidade científica externa envolvida com esse tema, visto que as mídias sociais hoje estão em ascensão em todos os setores da sociedade".
É uma excelente iniciativa, cumpre a razão de ser dos IF´s, uma instituição como o IFRN tem toda capacidade de desencadear um debate necessário mas que não consegue toda a abrangência necessária, o Seridó tem estado muito apático liderado por políticos analfabetos.
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