Industriais brasileiros estimam que a economia do país crescerá 4,7% este ano e 1,2% em 2022, segundo o relatório “Economia Brasileira: 2021-2022” divulgado hoje pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
De acordo com o presidente da CNI, Robson de Andrade, para a estimativa de 1,2% se consolidar, espera-se a superação parcial de problemas conjunturais, como inflação, emprego e normalização das cadeias globais de valor a partir do segundo semestre do ano.
As projeções para 2022 não são otimistas, já que estimam um aumento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que na melhor das hipóteses pode chegar a 1,8% se superados problemas como inflação e desemprego, pelo menos parcialmente, e se as cadeias globais de abastecimento e comércio forem normalizadas no segundo semestre.
Caso contrário, o crescimento da economia brasileira será de apenas 0,3% em 2022, segundo análise da CNI.
O sindicato patronal das indústrias brasileiras calculou uma subida de 4,7% do PIB do país em 2021, estimativa menor do que o esperado no início do ano, devido às constantes quedas na indústria ocorridas no segundo semestre.
Robson Andrade destacou que a expansão do PIB neste ano reverte a queda de 2020 (-3,9%), mas o resultado não significa que os problemas acentuados pela crise e os desafios estruturais do país foram superados.
O executivo afirmou numa conferência de imprensa que o ritmo da atividade econômica caiu e que o setor ainda sofre os efeitos da pandemia de covid-19, como a escassez de insumos e o aumento dos preços mundiais.
Com isso, a CNI prevê um crescimento de 5,2% neste ano para a indústria de transformação, percentagem bem inferior ao apurado anteriormente (7,9%).
Já para 2022, os industriais estimam que o setor avance 0,5%, mas que no melhor dos cenários o crescimento poderá chegar a 1,5%.
Para que isso aconteça, Braga de Andrade explicou que é preciso reduzir os custos de produção no Brasil, fazer uma reforma tributária e corrigir erros na arrecadação de impostos.
Da mesma forma, a entidade frisou que são necessárias medidas para melhorar o ambiente de negócios, promover a inserção internacional das empresas e “estabelecer políticas de atração de investimentos produtivos vinculados às cadeias globais de valor”.

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