O Brasil reduziu a sua dívida pública em 0,8 pontos percentuais em março em relação a fevereiro, para 78,5% do Produto Interno Bruto, (PIB) e o déficit para 3,15%, informou hoje o Banco Central.
A maior economia da América Latina seguiu uma tendência de ajustamento fiscal no primeiro trimestre de 2022, após ter atingido níveis recorde de dívida, acima de 90% do PIB, e um déficit próximo dos 14% em 2020, em resultado da pandemia.
A dívida pública já encerrou 2021 a 80,3% e situa-se agora em 78,5%, após três meses de quedas sucessivas.
Por outro lado, o déficit público nominal, que inclui o resultado do setor público primário e o pagamento de juros da dívida, caiu 0,24 pontos percentuais entre fevereiro e março, na comparação anual, para 3,15% do PIB.
Isto foi possível graças ao fato do Brasil ter registrado um excedente primário em março, que inclui as contas dos governos federal, regional e municipal e algumas empresas públicas, mas excluindo juros, de 4,3 bilhões de reais.
Os dados fiscais de março foram divulgados hoje devido a uma greve dos funcionários do Banco Central que está a atrasar a divulgação de algumas das estatísticas macroeconômicas do país.
A economia brasileira está a registrar uma ligeira recuperação econômica depois de ter caído 3,9% em 2020 e de ter recuperado 4,6% em 2021.
Para este ano, o mercado financeiro prevê um crescimento de 0,70%, pesando a inflação elevada, a subida das taxas de juro e o cenário internacional instável.
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