O Banco Central admitiu hoje oficialmente que ultrapassará o teto da meta de inflação fixada pelo Governo pelo segundo ano consecutivo, no meio da crescente alta de preços na maior economia do América Latina.
O órgão emissor elevou de 88% para 100% o risco de o Brasil não cumprir a meta de inflação de 3,5%, com índice de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, segundo seu relatório trimestral de inflação.
A inflação no Brasil ronda os 12%, impulsionada principalmente pela subida dos preços dos combustíveis, embora o mercado financeiro preveja que encerre 2022 em cerca de 8,5%.
O aumento de preços obrigou o Banco Central a elevar gradativamente as taxas de juros, que hoje estão em 13,25% ao ano, seu maior nível desde dezembro de 2016.
Na ata de sua última reunião, o órgão emissor indicou que pretende continuar elevando o preço do dinheiro até que a inflação dê sinais de desaceleração.
O Brasil fechou 2021 com inflação de 10,06%, a maior taxa acumulada desde 2015, quando o índice foi de 10,67%.
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