De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é de que este número esteja entre 1% e 3% da população. Ministério da Saúde lançou campanha neste Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14)
O Ministério da Saúde lançou a nova Campanha Nacional de Doação de Sangue, com o lema “Você doa e a vida agradece. O João doa e a Fabi agradece”. O evento marcou o Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14). A ação visa fortalecer a doação em todo o país e sensibilizar a população quanto à importância do ato.
Segundo a secretária de Atenção Especializada à Saúde, Maíra Botelho, o Ministério da Saúde precisou lançar mão de um Plano Nacional de Contingência do Sangue para conseguir manter os estoques de sangue e hemoderivados abastecidos durante a pandemia de Covid-19. A ação envolveu, principalmente, o remanejamento de bolsas de sangue entre unidades da federação.
Em 2021, a cada mil brasileiros, apenas 14 foram doadores, o que equivale a 1,4% da população. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é de que este número esteja entre 1% e 3% da população para comportar a demanda em todas as regiões. Entre 2020 e 2021, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 2,6% de doadores no SUS e a ideia da campanha é que este número continue crescendo. Este ano, até meados de maio, 732 mil bolsas de sangue foram coletadas no Sistema Único de Saúde.
Em 2022, o ministério investiu R$ 1,8 bilhão nos serviços de hematologia e hemoterapia para a reestruturação da rede, modernização das unidades e qualificação dos profissionais. Segundo o ministro substituto da Saúde, Arnaldo de Medeiros, a Campanha de Doação de Sangue é uma das mais importantes e comoventes de toda uma série de campanhas anuais.
“Creio que passamos dois anos extremamente difíceis por conta da pandemia, mas, não faltou sangue. Não faltou sangue. Isso mostra uma vigilância e uma atenção muito especial, porque só quem precisa efetivamente sabe qual a relevância de não faltar sangue ou hemoderivados para garantir a vida”, pontuou.
Natália Gardine, servidora do Ministério da Saúde, foi uma das pessoas que sentiram a importância da doação de sangue. Ela fez uma cirurgia recentemente, sofreu uma hemorragia severa e precisou de transfusão para sobreviver.
“O sangue é diferente, ele é único, ele é insubstituível, ele entrava quentinho dentro de mim, eu sentia a vida, de novo, entrando dentro de mim. E foi por causa desse sangue que eu recebi que eu estou aqui hoje. Então, o meu agradecimento muito especial é para as pessoas que doam sangue, sem saber para quem. Hoje é o Dia Mundial do Doador de Sangue, mas todo dia que eu acordo, que eu olho para os meus filhos, eu agradeço a minha vida e agradeço a cada pessoa que doa sangue”, relata.
Maíra Botelho reforça o caráter altruísta da doação de sangue e explica que o ato é seguro e indispensável para salvar vidas. “Não existe um substituto para o sangue. Não há risco de contrair doenças durante a doação. E o organismo se recupera em 24 horas. Um adulto tem cerca de 5 litros de sangue correndo nas veias e durante uma doação pode-se tirar até 450ml”, destaca a secretária de Atenção Especializada à Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, uma única doação de sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas em situação de emergência.
Como doar
A doação de sangue é um gesto solidário e pode ser feita no hemocentro mais próximo. Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.
Os procedimentos são simples:
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