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sexta-feira, 1 de julho de 2022

Considerada uma das vozes mais promissoras do Brasil, Bruna Moraes lança disco com músicas autorais e sucessos de Djavan e Renato Russo

 Com direção artística de Zeca Baleiro, "Alto Mar" vai destinar 90% das receitas do streaming aos fãs

 

 

 

Intensa, passional, delicadamente áspera, mas sempre íntegra e inteira, emocionada e emocionante. Seu imenso talento merece multidões. É comovente acompanhar a evolução de suas entonações, como uma contorcionista parindo inéditos movimentos melódicos, uma porta-bandeira orgulhosa em ostentar o pavilhão de sua canção-nação. Bruna é uma jovem cantora da estirpe das baitas, das gênias, das Ellas e Elises, das Janes e Maysas. Seu repertório é pleno de sutilezas bem tramadas. Mas, no fim das contas, nem importa muito o que ela cante, pois sua voz sempre estará acima de tudo, uma oitava além das palavras, notas, pausas e pontuação, num planeta distante, uma dimensão adiante da rotação natural da canção. Bruna Moraes canta demais!”. Esse texto de Arnaldo Afonso, poeta e músico que mantém um blog chamado 'Sarau, Luau e o Escambau' no portal do jornal 'O Estado de S. Paulo' reflete o canto denso, maduro e envolvente de Bruna Moraes, cantora e compositora apaixonada por poesia brasileira, que acumulou vasto repertório poético na adolescência lendo Ferreira Gullar, Mário Quintana, Manoel de Barros, Drummond e Vinícius, mesma época em que começou a compor as suas primeiras músicas, inspirada nas canções de João Bosco e Guinga e nas letras de Aldir Blanc, claras influências no início da carreira autoral.

O repertório de “Alto Mar” conta com oito músicas, sendo quatro de autoria de Bruna Moraes: “Flor de Laranjeira”, “Nunca Fora a Despedida”, "Valsa de Areia", em parceria com Zeca Baleiro, e “Pra Andar Na Minha Boca”, essa em parceria com Túlio Borges. “Nave” é uma canção presenteada pelos parceiros Paulo Monarco e Bruno Kohl e “Quatro da Manhã” tem Zeca Baleiro nos violões. Fecham o disco duas releituras: “Esquinas”, de Djavan, e “Tempo Perdido”, de Renato Russo. O músico convidado Federico Puppi toca cellos em “Nunca Fora Despedida” e “Esquinas”. Com produção de Bianca Godói e John Nhoque, jovens produtores paulistas, e direção artística de Zeca Baleiro, o disco foi gravado durante a pandemia com um petit comité de cinco pessoas (Bruna, os produtores, o violonista Demetrius Lulo e o engenheiro de gravação e músico Felipe Câmara).

Depois que escolhi o repertório, percebi que quase todas as canções falavam de mar. Gravando as músicas, vi que falavam muito de solidão, da sensação de estar à deriva, num disco que foi ganhando um certo ambiente musical marítimo. Esse disco é uma grande viagem para mim, uma viagem transformadora, como se eu fosse ao alto mar de fato, encontrasse algumas ilhas e voltasse renovada”, revela Bruna Moraes.

O título do disco, “Alto Mar”, foi extraído do nome de batismo da artista: Bruna Altomar de Moraes. Faz também uma referência poética ao fato de ela estar se lançando no mar alto da música brasileira, com apenas 25 anos, mas com uma bagagem de quase veterana.

Fã declarado de Bruna, Zeca Baleiro revela a satisfação ao dirigir a obra e reforça o talento da jovem artista. “Foi um grande prazer fazer a direção artística do novo álbum de Bruna Moraes. Além disso, há duas canções minhas no repertório, ‘Quatro da Manhã’ e ‘Valsa de Areia’, esta em parceria com a Bruna, que é, na minha opinião, uma das mais talentosas cantoras/compositoras de sua geração”, destaca o cantor vencedor do Grammy Latino 2021 de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira (MPB).

  • “Alto Mar” vai destinar 90% das receitas do streaming aos fãs

Os investimentos em fundos musicais têm apresentado novas possibilidades de receita para cantores e compositores brasileiros. Nesse modelo, os artistas cedem parte dos recebíveis de royalties de uma obra para que token holders ganhem sempre que a música for executada em streamings ou em apresentações públicas. Ao negociar, o artista recebe uma quantia pela cessão. 

Nesse cenário, fãs de Bruna Moraes e demais interessados terão a oportunidade de comprar, a partir do dia 30 de junho, um ou mais dos 400 tokens, no valor de R$ 50,00 cada, do álbum “Alto Mar”. A partir das vendas dessas cotas – disponíveis na plataforma da TuneTraders, primeira empresa do mundo a lastrear os royalties aos tokens - inclusive NFTs -, os compradores vão receber um número de royalty para cada token adquirido e, durante os próximos três anos, ganharão 90% das receitas de streamings de todas as canções do álbum. Depois do lançamento do álbum, o coprodutor divide os royalties junto com a artista a cada ‘play’. Quanto mais as faixas forem executadas nas plataformas digitais de música, mais o artista — e o fã coprodutor — aumentam suas receitas, de acordo com a quantidade de cotas adquiridas.

Sobre a importância da parceria com a TuneTraders, Bruna Moraes salienta que o projeto tem tudo a ver com o artista se conectando com o seu púbico de uma forma baseada na confiança. “Sinto que é um projeto que conecta o artista ao seu público e às pessoas que realmente apostam e acreditam no nosso trabalho. Tem tudo a ver com o artista se conectando com o seu púbico de uma forma baseada na confiança e no desejo de quem ouve o nosso som possa alcançar lugares inimagináveis. A partir do momento em que seu público é tão dono da sua arte quanto você, e quando tem alguém que ama o seu trabalho, que confia e aposta junto com você, isso se potencializa infinitamente”, diz.

Zeca Baleiro, que tokenizou sua música "O Tempo Não Espera", em agosto de 2021, reforça o cenário positivo para a indústria musical. “Utilizei esse recurso no ano passado e ele tem se mostrado um caminho muito interessante e eficaz para divulgação e comercialização de música nos nossos dias”, completa.

Com a novidade, Bruna Moraes deseja que os horizontes de sua carreira se ampliem cada vez mais e que seu som possa chegar a milhares de quilómetros.  “Pretenso seguir com essa parceria para os próximos trabalhos porque é uma forma maravilhosa de o público experienciar uma sensação e emoção diferente de estar conectado com quem fez aquela canção, de adquirir uma porcentagem do que ela representa. É uma ideia genial, inovadora e acho que todo mundo sai ganhando no final”, diz.

A TuneTraders, que possibilita o financiamento de obras musicais através da venda das participações nos projetos cadastrados em sua plataforma, por meio de um modelo inovador e único de validação e distribuição de direitos, e empodera os artistas ao conectá-los ao capital de fãs, usando uma plataforma de crowdinvesting baseada em tecnologia blockchain, será a responsável pela distribuição das músicas do novo álbum de Bruna Moraes nas plataformas digitais e por disponibilizar os relatórios com os royalties coletados e divididos para cada fã, de acordo com a cota adquirida.

 

Sobre Bruna Moraes

A cantora e compositora Bruna Moraes nasceu em São Paulo, no bairro da Moóca. Tendo crescido em um ambiente familiar musical (seu pai tocava contrabaixo em bandas de baile), aos 10 anos já estava estudando violão e, pouco tempo depois, canto. Apaixonada por poesia brasileira, acumulou vasto repertório poético na adolescência, lendo mestres como Ferreira Gullar, Mário Quintana, Manoel de Barros, Drummond e Vinícius, mesma época em que começou a compor as suas primeiras músicas, inspirada nas canções de João Bosco e Guinga e nas letras de Aldir Blanc, claras influências no início da carreira autoral. Suas interpretações intensas nas aulas de canto logo começaram a chamar a atenção dos professores e do cantor Zé Luiz Mazziotti, seu primeiro padrinho musical. Partiu de Mazziotti o convite para Bruna subir ao palco do Memorial da América Latina para cantar “Chega de Saudade”, com a Orquestra Jovem Tom Jobim. Ela tinha 14 anos na ocasião. Essa apresentação foi um acontecimento muito importante na carreira da artista, espécie de marco zero, onde ela decidiu-se pela carreira musical de fato. Aos 17 anos, Bruna ganhou um presente da gravadora Kuarup: o seu primeiro disco autoral, “Olho de Dentro”, com composições como “Zóio de Foia” e “Iansã”. O lançamento do álbum só ocorreu um ano depois, para que fosse possível, com a maioridade, que Bruna assumisse e assinasse todos os contratos e compromissos. Em 2015, ela foi desclassificada do programa “The Voice Brasil”, mas saiu vitoriosa de diversos festivais de música nos anos seguintes, o que colaborou para moldar sua maturidade artística. Bruna cursou um semestre da Faculdade de Letras da FMU, em 2018. Mas, em decorrência de sua participação no musical “Gonzaguinha – O Eterno Aprendiz”, que foi realizado no Rio de Janeiro, decidiu trancar sua matrícula. No mesmo ano, ela gravou “Nua”, seu segundo disco autoral, com a participação dos violonistas Romero Lubambo e André Fernandes.Pisciana nascida no dia 14 de março, Dia Internacional da Poesia, Bruna acredita no poder de transformação que há no amor e na música, e quer deixar sua marca em composições líricas e densas - território em que avança cada vez mais -, e interpretações apaixonadas.

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