Programa de Aceleração de Impacto Social (PAIS) recebe inscrições até 21 de julho; primeira etapa será feita inteiramente pelo WhatsApp, com chatbot interativo criado especialmente para a capacitação
ONGs do Nordeste que desejam se capacitar nas mais modernas ferramentas de captação de recursos, além de técnicas de gestão, podem se inscrever até 21 de julho no Programa de Aceleração de Impacto Social (PAIS), com a correalização do Instituto Bancorbrás, Instituto BRB, Instituto Mais Brasal, Instituto Sabin e Sicoob Planalto Central em parceria com a Phomenta.
Em sua quinta edição, o programa deste ano será dividido em duas fases, sendo a primeira fase aberta e a segunda realizada por intermédio de um edital que levará em conta, entre outros requisitos, a performance das organizações que mais se dedicarem na fase inicial. Ambas serão totalmente gratuitas para as participantes.
O PAIS traz este ano como novidade o formato realizado por meio do WhatsApp, facilitando o acesso ao conteúdo. Durante a fase inicial, que acontece até 21/07 será realizado o curso gratuito de Captação de Recursos por meio de um exclusivo chatbot. O curso é aberto a qualquer pessoa interessada no tema e focado em Organizações da Sociedade Civil (OSCs).
Nesta fase, o programa vai abordar os seguintes temas: fontes e estratégias de captação de recursos, como elaborar metas de captação e desenvolvimento de um plano de captação. A iniciativa mescla conceitos teóricos e exercícios práticos para maximizar o aproveitamento das ONGs. A associação entre um conteúdo rico e tecnologia acessível oferece uma atratividade inédita e um formato inovador no aprendizado dos empreendedores sociais.
“Uma das grandes dores que a gente tinha era ver como as organizações sociais possuíam vulnerabilidades em apresentar bons projetos e dar continuidade a eles. Conseguimos criar um programa assertivo, que atende as necessidades das organizações e abrange o território nacional. O PAIS é uma constante mudança, um grande laboratório em que vamos experimentando, observando sempre como podemos aprimorá-lo”, destaca Roberta Abreu, gerente executiva do Instituto Bancorbrás.
Interatividade
Para tornar o curso mais dinâmico e atrativo no WhatsApp, os inscritos responderão questionários, farão atividades práticas e terão acesso a indicações de vídeos, textos e outros materiais complementares. O chatbot foi criado exclusivamente para o programa, com o objetivo de oferecer independência aos alunos, otimizar o tempo e ampliar o alcance do projeto. A utilização de uma ferramenta com a qual as pessoas estão acostumadas e consome poucos dados, permite que pessoas de diferentes organizações consigam realizar a capacitação. A capacitação vai além do robô, com interações humanizadas e programadas em duas sessões para tirar dúvidas dos participantes, realizadas por meio da plataforma zoom com profissionais especialistas da Phomenta.
Participantes terão acesso a edital exclusivo para capacitação online e ao vivo
Para a segunda fase do programa, as organizações que mais se engajarem na capacitação via WhatsApp poderão participar de um edital exclusivo que selecionará 40 delas para uma capacitação com encontros online e ao vivo em Gestão Ágil e Sustentabilidade Econômica, conduzida por uma equipe de especialistas da Phomenta em formação para empreendedores sociais.
Com duração de dois meses, a capacitação em Gestão Ágil e Sustentabilidade Econômica aprofundará o conteúdo do curso via WhatsApp de Gestão e Captação de Recursos por meio de encontros on-line e ao vivo. O dinamismo e a interatividade permitem que as organizações compartilhem suas experiências com a mediação de profissionais da Phomenta e recebam orientações sobre o uso de ferramentas práticas. Nesta fase, um agente da Phomenta fará o acompanhamento de cada ONG para potencializar seu desenvolvimento.
Alguns pré-requisitos, entretanto, são necessários para a participação do edital da segunda fase do projeto. Entre eles, estão possuir, no mínimo, um ano de CNPJ, ter pelo menos uma pessoa contratada com dedicação exclusiva à instituição e um mandato de diretoria com vigência de mais seis meses (no mínimo) após o encerramento do programa.
Filantropia colaborativa
O coordenador de projetos da Phomenta, Bruno Faloppa, explica que o apoio dos parceiros do programa é essencial para cumprir o objetivo de fomentar redes e colaborações dentro do Terceiro Setor por meio de mudanças no status quo das instituições em um curto espaço de tempo. “Isso mostra a importância da filantropia colaborativa, são cinco institutos que trabalham em conjunto para mostrar o Terceiro Setor. Há uma mudança de visão, todos conseguem abraçar a ideia e cada um tem um conhecimento, o que ajuda bastante. As organizações se aproximam de grandes institutos brasileiros com muita potência, fazem novas parcerias, projetos e os institutos conhecem o trabalho das ONGs. É um espaço aberto para trocas e conversas”.
“A evolução do programa é nítida. Além de capacitar, incentivar e preparar as organizações participantes, vem evoluindo na outra ponta, com maior entrosamento entre os co-financiadores e a Phomenta, parceira executora do projeto. É muito importante para o Instituto BRB saber que participa de um programa que acelera e capacita organizações sociais de todo Brasil. Dar voz a essas entidades e fazer parte dessa ação, que transforma a vida de tantas pessoas, nos faz refletir que estamos no caminho certo”, acrescenta Leila Republicano, presidente do Instituto BRB.
Fortalecimento da gestão e da transparência
Uma das ONGs aceleradas foi o Instituto Juruá, que desenvolve e apoia iniciativas positivas de uso dos recursos naturais na Amazônia. Após a participação no PAIS, o Instituto promoveu melhorias em áreas distintas e fortaleceu sua atuação. “Percebemos a grande diferença que esse programa está realizando na nossa organização e a grande virada de chave que tivemos a partir dos ensinamentos do PAIS. Tivemos um diagnóstico da maturidade e, a partir disso, trabalhamos nossos pontos fortes e fracos. Tivemos acesso a muitas ferramentas e metodologias para melhorar nossa gestão em diversos aspectos, como nosso programa de voluntariado, nossa captação de recursos e o planejamento estratégico”, esclarece Andressa Scabin, diretora-executiva e coordenadora de projetos do Instituto Juruá.
As atividades propostas durante a aceleração resultaram em um programa de voluntariado muito mais estruturado e organizado, no crescimento do engajamento dos voluntários, em uma gestão mais transparente e fluida. “O Juruá conseguiu elaborar planos de ação para melhorar desafios, aumentar o impacto dos beneficiários na Amazônia e ampliar o público. Pudemos dar um salto muito grande e parar de pensar em uma gestão de projetos para apagar incêndios para pensar em uma gestão que envolve pessoas, planejamento estratégico e diversos outros pontos dos quais sentíamos falta”, finaliza Andressa.
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