Dez mil alunos receberão conexão de banda larga gratuita para recuperar em casa o aprendizado perdido durante a pandemia; tecnologia inédita permite troca de operadora de maneira remota, dando efetividade ensino à distância
Nesta semana começará a distribuição de chips gratuitos para dez mil estudantes do Ensino Básico de escolas públicas do Nordeste, para que eles tenham conexão de banda larga estável em suas casas e possam, assim, recuperar o aprendizado perdido durante o período de fechamento de escolas por causa da pandemia de Covid-19. O pacote de dados de 20 gigabytes será renovado todo mês de forma automática.
Pela primeira vez no Brasil um programa de conectividade no setor educacional público contará com o chip universal – também conhecido como “neutro” -, que permite a troca da operadora de dados móveis de forma remota, assegurando a conexão estável para o ensino à distância. A tecnologia foi adaptada à necessidade do Programa Internet Brasil pela startup pernambucana Base Mobile, que forneceu os chips na forma de cartões, os E-SIM cards. O programa é realizado pelo Ministério das Comunicações em parceria com o Ministério da Educação e operacionalizado pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP).
A Base Mobile também oferece aos gestores públicos um sistema de gerenciamento do consumo dos dados móveis. Entre outras funcionalidades, que podem ser ativadas de acordo com o desejo dos clientes, está um filtro de conteúdo na nuvem, que bloqueia conteúdos inadequados para os estudantes, de forma a garantir que a Internet gratuita seja utilizada exclusivamente para fins educacionais. "Além da segurança de que os dados não serão desviados para outros fins, os gestores educacionais e professores terão como gerar relatórios e acompanhar em detalhes o consumo dos conteúdos pedagógicos", explica Rivaldo Paiva, sócio da startup.
A primeira fase do programa será implantada nas comunidades de quinze escolas de seis municípios: Mossoró e Caicó, no Rio Grande do Norte; Caruaru e Petrolina, em Pernambuco; Juazeiro, na Bahia; e Campina Grande, na Paraíba. No total, está prevista a distribuição de 700 mil chips para estudantes do Ensino Básico da rede pública de todo o Brasil.
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